Campo-grandense que comanda saúde no DF defende ‘planificação’ na emergência
O secretário de saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto visitou Campo Grande nesta segunda-feira (14) e indicou que a planificação e a melhoria no atendimento primário, atualmente inseridas na capital federal, são uma das possibilidades para melhorar a saúde em Mato Grosso do Sul. Atuando por muito tempo no Estado sul-mato-grossense e agora em outra […]
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O secretário de saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto visitou Campo Grande nesta segunda-feira (14) e indicou que a planificação e a melhoria no atendimento primário, atualmente inseridas na capital federal, são uma das possibilidades para melhorar a saúde em Mato Grosso do Sul. Atuando por muito tempo no Estado sul-mato-grossense e agora em outra secretaria, Osnei é de Campo Grande.
Okumoto destacou que é importante ter um intercâmbio de ideias e situações entre as secretarias. Em entrevista ao Jornal Midiamax, o secretário afirmou que durante a sua visita a Capital esteve reunido com o atual secretário de saúde do Estado, Geraldo Resende.
“A gente pode trabalhar muito a atenção primária e proporcionar um atendimento inicial, que é a porta de entrada do paciente, e assim minimizar o agravamento desses pacientes para que eles possam procurar as emergências. Mantenho um contato muito grande, estive conversando com ele e com a equipe dele. É sempre bom a gente estar se comunicando”.
A planificação da saúde conta com um planejamento, mudanças nos processos de trabalho e uma vasta rede de consultores, facilitadores e tutores. Desta maneira, Osnei acredita que traçando um paralelo com outras secretarias, incluindo de MS, a planificação passa a ser um projeto bem-sucedido que pode mudar o status da saúde.
“A gente tem que trabalhar muito essa a questão da planificação das atividades dentro da saúde, logicamente isso vai caber mais aos municípios, mas eu acho que trabalhar com as planificações elas são muito interessantes. A outra coisa é você pode mudar os protocolos, utilizar protocolos novos, utilizar notas técnicas que você possa organizar os processos dentro da saúde, dentro de cada local”, comenta o secretário.
“Essas mudanças são muito importantes. O gestor ele tem que ter esse feeling de poder observar como está funcionando e conseguir mudar a gestão, mudar esses processos para que você possa então fazer com que a rede consiga ter a engrenagem funcionando. Existe essas ferramentas, que muitas vezes o Ministério da Saúde tem e pode oferecer, e os municípios e os Estados, eles podem se utilizar dessas ferramentas para melhorar o atendimento da população”.
Há dez meses no comando da secretária de saúde do Distrito Federal, Osnei prefere não entrar no âmbito das comparações e relata que a realidade do país é muito similar. Ele aponta que a dificuldade hoje é a nível hospitalar e que o atendimento emergencial é muito parecido em várias regiões do país.
“A questão do atendimento terciário é sempre uma conversa que eu tenho muito próxima do secretário Geraldo. A gente pode melhor muito essa questão. Algumas coisas a gente conseguem fazer interface e podendo melhorar, dando algumas ideias para que ele possa também auxiliar a gestão no MS”.
Okumoto trata da sua ida a capital federal como uma surpresa. O atual ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta foi um dos que indicou seu nome para o então governador Ibaneis Rocha (MDB) e aceitou como um desafio, mas logo descartou que sua indicação teve teor político. “Foi uma escolha técnica e não uma escolha política. Eu fico muito feliz porque toda minha carreira foi técnica, nunca fui ligado a política em si”.
Atuações em MS
No Estado sul-mato-grossense, Osnei Okumoto presidiu o CRF (Conselho Regional de Farmácia do Mato Grosso do Sul), comandou o setor de imunohematologia do banco de sangue do HU-MS (Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul), chefiou a Divisão Médica do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul e foi responsável técnico pelo laboratório de Sorologia e Imunohematologia do Banco de Sangue da Santa Casa de Campo Grande.
Entre suas especializações, Okumoto é pós-graduado em Gestão de Hemocentros pela Universidade Federal de Pernambuco. Entre 1986 e 1991, o futuro secretário de Saúde foi primeiro tenente Farmacêutico do Exército. Osnei foi presidente da Fundação de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul.
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