Mesmo com menos acidentes em 2018, Campo Grande registrou mais mortes no trânsito
No ano passado, o número de acidentes registrados em Campo Grande caiu 21,28% com relação aos registros de 2017. Apesar da queda, os dados desanimam no que diz respeito ao número de mortes no trânsito da Capital. Mesmo com menos acidentes, o número de mortes aumentou. Os dados da GGIT (Gestão de Gabinete Integrada de […]
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No ano passado, o número de acidentes registrados em Campo Grande caiu 21,28% com relação aos registros de 2017. Apesar da queda, os dados desanimam no que diz respeito ao número de mortes no trânsito da Capital. Mesmo com menos acidentes, o número de mortes aumentou.
Os dados da GGIT (Gestão de Gabinete Integrada de Trânsito) apontam que em 2018 foram 8.904 acidentes, contra as 11.311 ocorrências de 2017. Mesmo com menos acidentes, os dados mostram que o número de mortes aumentou de 70 em 2017 para 84 no ano passado. O chefe de fiscalização de trânsito do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), André Canuto, explica que as mortes aumentaram por conta do excesso de velocidade predominou nos casos em que houve óbito. Ou seja, o impacto da batida foi maior devido à alta velocidade.
O chefe da fiscalização aponta a falta de radares como um fator influente no excesso de velocidade no trânsito. “O dado que pode ser facilmente analisado por conta da falta dos equipamentos que controlam a velocidade dos condutores, já que estivemos o ano todo com radares inoperantes na cidade”, enfatizou. De acordo com Canuto, em 2017, 48,8% dos acidentes resultaram em vítimas feridas e, deste total, 0,62% foram a óbito na Capital. No ano passado, 56,7% dos acidentes tiveram feridos e 0,94% das vítimas morreram.
O comandante do BPMTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito de Mato Grosso do Sul), tenente-coronel Franco Alan da Silva Amorim, também cita os radares desativados como um problema. “Quando os radares deixaram de funcionar em 2017, os equipamentos ainda estavam fixados nos locais, o que deixava os motoristas receosos ao trafegar. No ano passado esses equipamentos começaram a ser retirados e na certeza da impunidade, os motoristas passaram a abusar da velocidade, o que aumentou o número de mortos”, explicou o comandante.
Em dezembro, a Prefeitura de Campo Grande começou a reinstalação dos radares em Campo Grande. Para a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), os efeitos positivos já começam a surgir. O presidente da agência, Janine de Lima Bruno, afirma que nos primeiros 16 dias de 2019, já houve melhorias em comparação ao mesmo período do ano passado.
Nas duas primeiras semanas de 2018 foram registrados 184 acidentes com vítimas e duas mortes em Campo Grande. Esse ano, o número de acidentes é 9,2% menor, com 167 vítimas e nenhuma morte. “Isso já é motivo de comemoração. Começar o ano com uma queda significativa no número de acidentes registrados é resultado de um trabalho intenso de fiscalização e conscientização feita em conjunto com os demais poderes ligados ao trânsito”, ressaltou Janine.
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