Julho Amarelo: Contra hepatite saúde faz campanha com orientações e exames
No dia 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, por isso nos 31 dias do mês as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família) de Campo Grande, vão intensificar as informações à população sobre o diagnóstico precoce da doença que pode […]
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No dia 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, por isso nos 31 dias do mês as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família) de Campo Grande, vão intensificar as informações à população sobre o diagnóstico precoce da doença que pode ser transmitida através da relação sexual sem proteção.
Durante o Julho Amarelo, as 68 unidades básicas de saúde realizarão, além de orientações sobre a doença, a testagem rápida para as hepatites Be C, que é a maneira de fazer um diagnóstico precoce da doença.
De acordo as informações, para saber se há a necessidade de realizar os exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a seguinte situação: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam; da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação e transfusão sanguínea antes de 1993 (vírus B, C e D)
Vale lembrar que, no caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
É importante lembrar que as unidades de saúde também realizam a vacinação contra as hepatites A e B.
A vacina para hepatite A é aplicada nas crianças até os 12 meses de vida. Já para a hepatite B é administrada ao nascer e pode, também, ser realizado o esquema vacinal com três doses em qualquer idade, incluindo adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Dados
A partir de 2017 foi ampliada a oferta do teste rápido de detecção das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) passando de duas para as 68 unidades básicas de saúde.
Desde então, houve um aumento de casos de hepatites. Em 2016 foram 25 notificações do tipo B e 38 do C. Em 2017, passou para 54 e 60, respectivamente. Já em 2018, os números permaneceram dentro da faixa, totalizando 65 e 124.
Até o momento em 2019, foram notificados 15 casos de hepatite B e 27 do tipo C.
Hepatites
As hepatites são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas causam a inflamação do fígado por meio de vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem apresentar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo.
Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.
A hepatite B não tem cura, porém existe a prevenção por meio da vacinação. Já a hepatite C têm cura e o indivíduo pode reinfectar-se caso não adotes as medidas de prevenção, mas não existe vacina.
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