Com o lago do Parque das Nações Indígenas em ‘seco' após o trabalho de desassoreamento, muitos frequentadores do local reclamam de mau cheio e também questionam o destino dos peixes. Alguns mortos são vistos e preocupam quem passeia pelo local. Mas de acordo com Vander Fabrício de Jesus, gerente de recursos pesqueiros do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), mais de 7 mil foram realocados.

“Ali a situação é difícil, pois se trata de um local com superfície totalmente fofa. Nós utilizamos, de forma manual, baldes para colocar os peixes em tambores e daí levar os peixes para o outro lago, menor”, explica Vander. O mau cheiro que ficou é resultado da exposição dos sedimentos do lago.

O local temporário dos peixes fica próximo ao monumento em homenagem aos índios guarani-kayowá. “Nós acreditamos que aquele local possui uma nascente, pois não foi em nada afetado pelo assoreamento. Possui oxigênio suficiente e águas cristalinas para abrigar os peixes”, pontuou o gerente.

Imasul estima retirada de 7 mil peixes do Parque das Nações e explica mau cheiro
Restos de peixes são encontrados entre o lamaçal. (Foto: Daiany Albuquerque/Midiamax)

Mesmo com os esforços, alguns mexilhões, que se escondem nas argilas e barrancos de terra, além de material orgânico e vegetação aquática não puderam ser removidos.

“É muito material orgânico, pois aquele lago nunca foi esvaziado. Está dentro do previsto o mau cheiro, mas é temporário”, diz Vander.

Ainda segundo o gerente, são raras as espécies de grande porte, predominando a retirada de peixes entre 2 e 3 centímetros em média. O Imasul está monitorando as poças que ainda vão secar para resgatar os animais que possam estar por lá. Se necessário, uma bomba para melhorar o oxigênio, no lago menor, será instalada.