Em busca de trabalho na Capital, piauiense perde tudo em incêndio
Francisco Ferreira de Coelho Neto, 22 anos, veio para Campo Grande em busca de uma vida melhor e agora precisa de ajuda após perder tudo em um incêndio no quarto em que morava com a esposa. Há pouco mais de dois anos o rapaz veio do Piauí onde trabalhava na roça buscando uma oportunidade para […]
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Francisco Ferreira de Coelho Neto, 22 anos, veio para Campo Grande em busca de uma vida melhor e agora precisa de ajuda após perder tudo em um incêndio no quarto em que morava com a esposa. Há pouco mais de dois anos o rapaz veio do Piauí onde trabalhava na roça buscando uma oportunidade para a vida.
Nesse período, Francisco trabalhou em uma fazenda na região de Jaraguari, depois como moto entregador, pintor e acabou sendo chamado para trabalhar de coletor na Solurb.
Há três meses ele acabou indo para a vila de quartos, onde moram outras seis famílias, e que por volta das 22h30 do domingo (27) saiu com a esposa para levar os enteados para a casa do pai e quando voltou o quarto já estava destruído.
“Só sobrou a minha roupa do corpo. Não tem mais nada. Eu saí e quando voltei até o Corpo de Bombeiros já tinha ido embora. Por pouco não pegou fogo nos outros quartos”, disse Francisco.
No quartinho com banheiro, de aproximadamente 10m², sem janelas e com fiação antiga, localizado na região do Jardim Leblon, é visível a condição insalubre em que as famílias viviam. “Os bombeiros disseram que foi a fiação que está muito antiga. Aqui a gente não tem nem janela, mas alugar casa não é fácil. Tem muita burocracia. Antes de vir para cá eu alugava uma casa no Pioneiros, só que ficava muito longe e como já tinha outros colegas aqui, acabei vindo para cá. ”, explica.
O pouco que o casal tinha foi embora com o incêndio. Roupas, alimento, geladeira, cama, uma televisão de tubo, um micro-ondas, fogão, armário da cozinha e utensílios além das fraldas de um dos enteados de Francisco. “Eu não tenho nem o uniforme para trabalhar hoje à noite. Preciso do laudo do Corpo de Bombeiros para conseguir pegar uniformes novos e toma alguma medida sobre o incêndio que não foi minha responsabilidade e aqui é alugado. Só me sobrou a roupa do corpo, a minha esposa ainda tem umas roupas guardadas no carro, mas não muito também. A única coisa que salvamos foram alguns documentos”, desabafa.
“Os vizinhos estouraram o cano e começaram a apagar o fogo até o Corpo de Bombeiros chegar. Ainda bem porque o fogo ia invadir tudo. Já pensou se explode um botijão de gás? ”, conta.
‘Despejo’
Além de Francisco e a esposa, outras seis famílias vivem no local. Um deles Fernando Cleberson Cordeiro dos Santos, 33 anos, vindo do Paraná também em busca de uma oportunidade de emprego, chegou a desmaiar dentro do quarto onde mora por conta da fumaça que invadiu o local. “Não tem janela, a fumaça começou a entrar pelo forro, eu desmaiei e o pessoal precisou arrebentar a porta para me tirar. Foi muito desesperador mesmo”, contou.
Segundo os moradores do local, o laudo do Corpo de Bombeiros aponta que o incêndio foi iniciado por problemas na fiação. Na manhã desta segunda-feira (28) eles foram informados pelos proprietários do local que precisam sair o mais rápido possível, pois eles não sabem nem se farão os reparos necessários.
“Os donos vieram aqui e disseram que precisamos sair, agora a gente precisa achar um lugar para morar, mas não é tá fácil. Passamos a manhã andando atrás, pessoal pede caução, fiador, a gente acaba ficando refém de um lugar assim”, desabafam parte dos moradores que estavam no local.
Ajuda
No caso do Francisco, quem quiser ajudar pode entrar em contato através do telefone (67) 9 9269-5578. O casal além de não ter nenhum pertence, já que tudo se perdeu no incêndio, também não tem onde passar a noite.
Já os outros moradores precisam de ajuda para conseguir local para alugar e o contato pode ser feito com o Fernando através do telefone (67) 9 8457-1799.
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