Dos mais pobres aos mais ricos, todos reprovam ônibus em Campo Grande, aponta Ibrape
Entre os passageiros de ônibus em Campo Grande, é difícil encontrar alguém que não tenha alguma queixa sobre o serviço. Uma pesquisa revelou quem são as pessoas que mais reclamam do transporte público e os dados mostram que a insatisfação com os ônibus é geral: vai desde quem não tem renda nenhuma até quem tem […]
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Entre os passageiros de ônibus em Campo Grande, é difícil encontrar alguém que não tenha alguma queixa sobre o serviço. Uma pesquisa revelou quem são as pessoas que mais reclamam do transporte público e os dados mostram que a insatisfação com os ônibus é geral: vai desde quem não tem renda nenhuma até quem tem salário mensal de mais de R$ 3,5 mil.
Dados do Ibrape (Instituto Brasileiro de Pesquisas de Opinião Pública) em Campo Grande mostram que entre quem reprova os ônibus na Capital, 70% têm renda mensal maior do que R$ 3,5 mil, seguidos por quem não tem renda ou ganha até R$ 1 mil, com 68% de reprovação. Na faixa salarial entre R$ 1 mil e R$ 2,2 mil de renda mensal, 58% dos passageiros reprova o transporte coletivo.
Para a estudante Adele Cristina, de 29 anos, quem ganha mais pode até reclamar, mas tem condições de utilizar o transporte individual por aplicativos. “Quem ganha menos reclama mais porque depende exclusivamente do transporte. [O vale transporte] ainda é descontado na folha de pagamento, então com certeza reclama mais”, sugere.
Entre quem reprova os ônibus, os homens são maioria – com 66% dos entrevistados. Já entre as mulheres, 58% acham que o serviço é ruim ou péssimo, contra 20% delas que acha regular e 20% acha ótimo ou bom.
O perfil de quem sofre com o transporte público também mostra que, além de serem do sexo masculino, os usuários estão na faixa dos 29 a 40 anos, em que 64% reprova o Consórcio Guaicurus. Já entre os idosos, 63% deles reprova o transporte.
Já sobre a escolaridade, quem mais reclama do transporte é quem possui nível superior, com 64% de reprovação. O estudante Alisson dos Santos, de 19 anos, acredita que quem está cursando ensino superior sofre mais, já que utiliza mais o ônibus. “Muita gente vem para o centro passear ou fazer compras. A gente pega ônibus para estudar e já está muito lotado. Além de estudar, também trabalhamos, estamos sempre muito cansados”.
O resultado da pesquisa sobre ocupação e atividade principal mostram que entre os autônomos a insatisfação é maior: 70% desaprovam, 16% acham regular e 10% aprovam. Já entre os assalariados, 63% desaprovam o transporte público, 20% consideram regular e 15% consideram bom ou ótimo.
Homem e assalariado, o marceneiro Marcos Diniz, de 37 anos, poderia ser um retrato sobre como os homens sentem mais a precariedade do transporte, mas para ele todo mundo sofre igual. “É péssima a qualidade, atrasa, o ônibus sempre está estragado e dá problema na rua. Prejudica todo mundo, os ônibus estão sempre lotados, são de péssima qualidade”.
Entenda a pesquisa
A pesquisa desenvolvida pelo Ibrape foi realizada entre os dias 18 a 25 de março e ouviu mais de 500 usuários do transporte público. Foram ouvidas apenas pessoas que usam os ônibus com a frequência de todos os dias a uma vez por semana.
As entrevistas foram feitas pessoalmente nos terminais, pontos e paradas de ônibus, com a população que circulava pelo local ou na casa dos moradores do bairro. A margem de erro é de até 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança estimado é de 94%.
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