A defensoria pública de Mato Grosso do Sul realizou nova fiscalização no Hospital da Vida em Dourados na semana passada para verificar a série de irregularidades apresentadas nos últimos meses e notou algumas melhorias. Mesmo assim, o local ainda demanda de maior atenção em termos estruturais e de atendimento.

A situação caótica das últimas visitas com alguns pacientes sem oferecimento de alimentos e água e outros sem atendimento médico e falta de exames, por exemplo, foi amenizada com compras de medicamentos e insumos básicos.

De acordo com a defensora pública Mariza de Fátima Gonçalves, que esteve no local pela terceira vez neste mês, foi constatado que, a administração do hospital providenciou a troca do sistema de refrigeração dos leitos e de outros setores, além de investir em aparelhos com função que elimina 99% das bactérias do ar, no quarto dos pacientes em isolamento.

Outra providência foi a reforma na enfermaria cirúrgica/ortopédica, onde removeram os mofos dos banheiros e na sala de hemodiálise. “Mesmo diante da significativa melhora, a Defensoria Pública continuará o trabalho diuturnamente para garantir os direitos individuais e coletivos dos assistidos, que estão internados no Hospital da Vida”, garantiu a defensora pública.

O caos na saúde de Dourados, mais precisamente no Hospital da Vida, vem fazendo que várias reuniões aconteçam desde o início de agosto entre a defensoria pública e autoridades.

Recentemente, a Instituição constatou que havia demora na realização de exames, falta de insumos básicos, banheiros com mofo, pacientes “internados” em corredores entre outras irregularidades.

No dia 16, uma paciente em isolamento morreu no hospital. Os familiares procuraram a Defensoria Pública e informaram que, a unidade de saúde não realizou os exames laboratoriais solicitados pelos médicos, mesmo diante do grave quadro clínico de infecção bacteriana. O caso segue em apuração para melhor salvaguarda do direito da família envolvida. Já as demais irregularidades, a Defensoria Pública recomendou administrativamente que sejam resolvidas, evitando-se a judicialização. A morte de outro paciente que não foi atendido por falta de médico plantonista também segue em investigação.

O Midiamax tentou mais uma vez entrar em contato com a secretária de Saúde de Dourados e Interventora na Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados), Berenice de Oliveira M. de Souza, mas novamente foi informado pela assessoria que ela estaria em reuniões e não poderia passar informações da situação do Hospital da Vida.