Crianças de 3 e 5 anos são os primeiros casos de leishmaniose em 2019 no MS

Duas crianças, de 3 e 5 anos, foram diagnosticadas com leishmaniose em Mato Grosso do Sul e foram identificadas como os dois primeiros casos da doença no Estado. Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o primeiro caso foi registrado em Paranaíba no dia 19 de janeiro, quando um menino de 3 anos e 8 […]

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Foto: Reprodução
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Duas crianças, de 3 e 5 anos, foram diagnosticadas com leishmaniose em Mato Grosso do Sul e foram identificadas como os dois primeiros casos da doença no Estado.

Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o primeiro caso foi registrado em Paranaíba no dia 19 de janeiro, quando um menino de 3 anos e 8 meses foi internado no Hospital Regional da cidade, onde ainda permanece internado.

O segundo caso, em Campo Grande, foi confirmado recentemente pela Saúde. Um garoto de 5 anos começou a ter os sintomas da doença no dia 1° de janeiro de 2019 e foi levado a Santa Casa. Posteriormente, o paciente precisou ser encaminhado para o HU (Hospital Universitário) no dia 11 de janeiro, onde foi diagnosticado e permanece em observação.

No ano passado, ainda segundo dados da SES, foram registrados 82 casos de leishmaniose em Mato Grosso do Sul, sendo sete mortes pela doença.

Leishmaniose

A transmissão da doença ocorre pela picada de insetos vetores, os flebotomíneos, popularmente chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Eles são pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas.

O mosquito se contamina com o sangue de pessoas e animais doentes e transmite o parasita à pessoas e animais sadios. Existem dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar.

Sintomas da leishmaniose visceral

Alteração do estado geral, febre, palidez, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Nos cães também pode haver descamação de pele e crescimento progressivo das unhas.

Sintomas da leishmaniose tegumentar ou forma cutânea: compromete pele e mucosas. Geralmente é caracterizada pela presença de úlcera cutânea única ou em pequeno número, com bordas elevadas e indolor, embora possa assumir formas diferentes. Provoca infiltração, formação de úlceras e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Também podem ocorrer perfurações do septo nasal ou do palato.

Tratamento 

As drogas de primeira escolha para tratamento da leishmaniose são os Antimoniais Pentavalentes. Devem ser administrados por via parenteral (ou seja, intra-muscular ou intra-venosa), por uma período mínimo de 20 dias. A dose e o tempo da terapêutica variam com as formas da doença e gravidade dos sintomas.

O seu principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contra-indicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas anti-arrítmicas.

Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B, paromomicina e pentamidina. Há vacinas em desenvolvimento no Brasil, já em fases avançadas.

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