Comerciantes temem corredor e com faixas ‘pedem socorro’ na Bandeirantes
O sonho de ver a Avenida Bandeirantes recapeada está cada vez mais próximo de acontecer, mas algo tem tirado o sono dos comerciantes em uma das principais avenidas comerciais de Campo Grande. O projeto, que prevê a reforma total da via, também inclui a construção de uma faixa especial de ônibus, mas a ideia foi […]
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O sonho de ver a Avenida Bandeirantes recapeada está cada vez mais próximo de acontecer, mas algo tem tirado o sono dos comerciantes em uma das principais avenidas comerciais de Campo Grande. O projeto, que prevê a reforma total da via, também inclui a construção de uma faixa especial de ônibus, mas a ideia foi reprovada pelos empresários que manifestaram a insatisfação colocando faixas ‘pedindo por socorro’.
Além das faixas exclusivas para os coletivos, plano também prevê a instalação de pequenos terminais em ilhas na faixa esquerda da avenida.
Para o comerciante Bruno Paes e Silva, dono do ‘Armazém’ há 6 anos, projeto deveria manter os pontos de ônibus nas calçadas do lado direito.
“Não faz sentido. Vão fazer essas ilhas do lado esquerdo, sendo que as portas dos ônibus abrem para o lado direito. Deveriam deixar como está e manter os pontos de ônibus do lado direito”, disse a reportagem. Para completar ‘a dor de cabeça’, Bruno revela que uma dessas ilhas ficará bem em frente ao seu comércio.
“Se faz uma faixa exclusiva e faz uma ilha, mata os estacionamentos do comércio. Por que não faz ponto de ônibus? Fica mais viável”, disse.
Para o empresário Josias Vitorino do Nascimento, proprietário do “Joca Veículos”, o recapeamento está sendo bem aguardado pelos comerciantes, mas ideia de colocar uma faixa exclusiva para ônibus pode atrapalhar o trânsito e espantar os clientes.
“É óbvio que a avenida está precisando de revitalização, mas o corredor [de ônibus] é algo completamente desnecessário na região, porque ela é uma avenida que não comporta, a Bandeirantes é uma avenida estreita. Vai ficar sem estacionamento e virar uma Rui Barbosa da vida”, comentou Joca.
Ainda de acordo com o comerciante, a faixa com os dizeres “SOS Bandeirantes” foi uma iniciativa dos empresários e a intenção é chamar atenção da Prefeitura Municipal. “Ainda terá mais ações. Vamos panfletar e buscar chamar atenção do prefeito”, afirmou.
Obra de menor impacto
Na época do lançamento da obra, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que os comerciantes não teriam prejuízos durante as obras, pois como a revitalização foi anunciada há dois anos, empresários tiveram tempo de se programar.
“Há dois anos disse que faria [a obra], se eles tivessem se acautelado e feito reserva, não estaríamos discutindo isso. Mas, não fizeram, deixaram tudo pra última hora. Estamos reunindo para ver o que eles querem. Vamos atender com uma passarela maior. Mas, parar a obra não dá”, apontou Trad no dia 16 de abril.
Medo de prejuízos
Em abril, os proprietários de empreendimentos na Avenida Bandeirantes pediram à Prefeitura a elaboração de um plano para evitar e amenizar eventuais prejuízos aos lojistas, como ocorreu com a Rua 14 de Julho, devido às obras do Reviva Campo Grande.
De acordo com o presidente da CDL, Adelaido Vila, a entidade já iniciou estudos para reduzir impacto da obra, como o fechamento de lojas e desemprego. Lojistas também propuseram que seja feito um “feirão”, com participação dos comércios, a fim de que as empresas possam criar “gordura financeira” antes da execução da obra na Bandeirantes, justamente para atravessar eventuais momentos difíceis. A CDL também pediu ao prefeito que o cronograma da obra seja apresentado, de forma a permitir o planejamento estratégico dos comerciantes.
Para a CDL, a prefeitura é reincidente na falta de planejamento na execução de obras – a principal queixa de lojistas da Rua 14 de Julho. Segundo a Câmara, as obras da Avenida Júlio de Castilho, executada na gestão de Nelson Trad Filho (então MDB, atual PSD), também causou prejuízo aos comerciantes do local.
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