Família reclama de isolamento com escavações de obra na Bandeirantes
Morando na Avenida Bandeirantes há 70 anos, a família de Antônia Mendes Ribeiro, de 80, tem passado por “poucas e boas” com a obra de revitalização da via. A obra, que começou em abril e tem previsão para terminar em dezembro, escavou trecho da via entre as ruas Paissandú e 26 de Agosto há 21 […]
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Morando na Avenida Bandeirantes há 70 anos, a família de Antônia Mendes Ribeiro, de 80, tem passado por “poucas e boas” com a obra de revitalização da via. A obra, que começou em abril e tem previsão para terminar em dezembro, escavou trecho da via entre as ruas Paissandú e 26 de Agosto há 21 dias e buraco deixado aberto tem ‘isolado’ os moradores.
Antônia, que é cadeirante, contou para o Jornal Midiamax que tem deixado de ir às consultas médicas porque não consegue sair de casa. “Não posso nem chamar um táxi para vir aqui porque a porta de casa está fechada com esse buraco na frente. As vezes tenho que dar a volta para conseguir embarcar no carro. Estamos isolados”, disse a idosa.
O filho de Antônia, Paulo Sérgio Mendes Ribeiro, de 54 anos, também tem limitações físicas, pois só consegue se movimentar com o auxílio de uma bengala. Como precisa constantemente ir às sessões de fisioterapia, Paulo também passa o mesmo que a mãe, pois é impossível embarcar em um táxi sem precisar andar um bom trecho.
“O táxi precisa parar lá do outro lado da quadra e a gente tem que ir até lá. Não temos mais liberdade de ir e vir com essa obra que não termina nunca em frente de casa”, pontuou Paulo.
Íris Ribeiro, de 54 anos, comentou com a reportagem que inicialmente o projeto da faixa exclusiva para os ônibus estava programado para ser em frente à praça localizada na avenida com a Rua Paissandu. Quando questionou os funcionários da Engepar sobre o que iria ser feito em frente de casa, foi informada que ela “teria uma surpresa”.
“O que a gente quer é clareza. Que deixem a gente ciente do que está acontecendo. Eu já perguntei quando vão terminar essa obra aqui na frente e nunca sabem me dizer. Simplesmente falam que estão cumprindo ordens. Enquanto isso, minha mãe está sem conseguir ir ao médico porque não conseguimos sair com ela de casa. É um absurdo”, afirmou a advogada.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Engepar e foi informada que quem prevê o cronograma e etapas da obra é a Prefeitura Municipal. No entanto, o engenheiro chefe da obra iria até o local verificar a situação.
Ao Midiamax, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que em frente à casa de Antônia, está sendo feita uma escavação profunda e que os responsáveis pela obra irão até o local para providenciar uma passagem provisória para a cadeirante e o filho, pois ainda não há previsão de quando a cratera será finalizada.
“A estação de pré-embarque será construída na altura da Rua Paisandu. Em frente do número 352, será feito um remendo profundo, que exigirá a construção da base do pavimento. A empreiteira será notificada para fazer uma travessia provisória que assegure à moradora condições de acessibilidade“, disse Sisep em nota.
Obra
O projeto de drenagem prevê a implantação de 1.750 metros de tubulação, 1.283 metros de conexões nos poços de visita, 710 metros de rede para conexão com a rede da Avenida Manoel da Costa e Silva, tubulação pela Rua Santa Adélia até a 2 de Março, no conjunto Cooaphama, fazendo com que a enxurrada desague no Rio Anhandui, perto do Shopping Norte Sul.
Com aproximadamente 3,8 quilômetros de extensão, o investimento na Avenida Bandeirantes ultrapassa os R$ 8 milhões. Os recursos arrecadados tanto pela Prefeitura como pelo Governado do Estado servirão para a drenagem, recapeamento, sinalização e implantação de sete estações de pré-embarque no corredor do transporte coletivo.
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