A continuidade no pagamento das 80 mil bolsas do CNPQ dependem de aval do Ministério da Economia, afirmou o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, que participou nesta sexta-feira (26) da 71ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Em entrevista coletiva concedida há pouco, o ministro classificou como ‘emergencial’ resolver a questão ainda neste mês, para impedir que os bolsistas de todo o País fiquem sem receber já a partir de setembro. Ele adiantou, contudo, que a decisão cabe ao ministro da economia, Paulo Guedes. “Onde posso chegar e falar de orçamento, a gente fala. Essa é a briga da gente”, justificou Pontes, ao mencionar o corte de recursos em todo o País.

O ministro da Ciência e Tecnologia informou inclusive que irá se reunir novamente com Guedes para convencê-lo de que o ministério precisa resolver questões emergenciais, principalmente a questão das bolsas.

Questionado se o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não teria autonomia para resolver a questão, Pontes informou que a autonomia do presidente é em colocar o tema como prioridade. Mas, até Bolsonaro precisa ouvir o Ministério da Economia sobre a viabilidade do pagamento.

Na chegada do ministro ao Teatro Glauce Rocha, houve protesto silencioso de alguns estudantes contra o corte de verba nas universidades. A maioria dos presentes, entretanto, aplaudiu o ministro.

“Já participei outras vezes da SBPC como astronauta e agora como ministro. É uma oportunidade muito grande para entender as coisas. Quem está na linha de combate é quem sabe das coisas, fechado no gabinete você não sabe de nada, eu gosto de falar com as pessoas”, disse Pontes.