Para torcer pela Seleção, campo-grandenses ‘ignoram’ segundona e cerveja está liberada

Semana começou com “clima de feriadão” na Capital

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Campo Grande amanheceu nesta segunda-feira (2) com clima de feriadão. Como boa parte dos estabelecimentos comerciais e órgãos públicos decidiram interromper as atividades durante a manhã em função da partida entre Brasil e México, até as ruas estavam mais vazias e o tráfego fluiu com tranquilidade.

Na Praça do Rádio, no centro da Capital, onde a Prefeitura promove exibição das partidas da Seleção Brasileira, centenas de campo-grandenses ignoram que a partida foi marcada para as 10h de uma segunda-feira e acompanham o jogo em clima de fim de semana. Nas barracas, comidas e bebidas saem a toda hora. Ambulantes também faturam com a venda de bebidas e até de espetinho. Todo mundo dá um jeito de espiar o telão.

Para torcer pela Seleção, campo-grandenses 'ignoram' segundona e cerveja está liberada
Tainara vai trabalhar à tarde e não pode beber, ao contrário de henry, que está de folga (Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

O militar Henry Salomão, de 20 anos, aproveitou a folga e “emendou” o fim de semana com a segunda, por assim dizer. À reportagem, Henry falou que “começou os trabalhos” às 6h da manhã, o que despertou certa inveja da amiga Tainara Ribeiro, de 21 anos. “Jogo na segunda é ruim, não vou poder beber porque vou trabalhar à tarde”, reclama a jovem.

Não longe da turma, as auxiliares de contabilidade Fabiana da Silva, de 37 anos, Tatiana Gomes, de 32, e Katiuscia Maciel, de 30, trabalham num escritório no centro e deverão voltar ao trabalho após o jogo. “Fomos liberadas só na hora da partida, então nada de bebida. Mas mesmo na água e no refrigerante a gente veio para cá, o importante é torcer. Nosso palpite é pelo menos 2 a 1 para o Brasil”, apostam.

Os estudantes Gabriel Soares, de 16, Camilo Soares, de 20, Talita Fernandes, de 20, e Emerson Kenet, de 19, vendedor, também aproveitam a folga na segunda e estão acompanhando a partida no telão da Praça do Rádio, mas à base de tereré. “Hoje não teve aula e o Emerson pegou uma folga. Então pra gente segunda-feira é só amanhã”, brincam. “Tomara que não tenha prorrogação, meu coração não aguenta”, destaca Kamila.

Só nas vendas

Além das barracas oficiais providenciadas pela Prefeitura, ambulantes também tentam a sorte de conseguir um extra e destacam que a cada jogo o faturamento só cresce. Silvana Braga, 42, ambulante há um ano, vende copão de cerveja a R$ 5 e afirma que a cada partida que o Brasil vence, ela fatura mais. “Nas primeiras partidas vendi muito pouco, mas agora o pessoal ta mais empolgado. Hoje quero vender mais que o último jogo, e olha que foi numa quarta-feira”, destaca.

Para torcer pela Seleção, campo-grandenses 'ignoram' segundona e cerveja está liberada
Fabiana, Tatiana e Katiuscia vão trabalhar após a partida. “Não vamos beber, mas o importante é torcer” (Foto: Marcos Ermínio | Midiamax)

Outra ambulante na praça, Carmen Medina, de 52, vende cerveja, refrigerante e bebidas destiladas, além de espetinhos, e também pretende faturar pelo menos R$ 700 nesta manhã. “Vou cobrir os gastos e ainda tirar o lucro. Aqui eu fico mais afastada, porque tem essa richa entre os ambulantes mais antigos e os mais novos. Os mais antigos ficam mais perto dor torcedores, então a gente fica mais para cá. Só que mesmo assim tô vendendo”, relata

Teve também quem estrategicamente trocou de ramo bem na hora do jogo. Breno Alves, de 21 anos, é ambulante há 4 anos e começou nesta manhã vendendo camisetas. “Mas agora que o jogo começou, guardei as camisetas e peguei as cervejas pra vender. Espero que o Brasil ganhe, quanto mais feliz o povo, mais bebida eles compram”, conclui.

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