Olha o rapa!: Prefeitura quer retirar ambulantes das ruas do Centro

Cerca de 60 vendedores ambulantes da área central receberam uma notificação da prefeitura, na manhã desta segunda-feira (26), alertando que a partir de terça (27) o órgão realizará a apreensão dos produtos comercializados e aplicará multas. O comunicado pegou D.C.F de 26 anos, que vende DVDs piratas em frente ao camelódromo, de surpresa. “Eu estou […]

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Cerca de 60 vendedores ambulantes da área central receberam uma notificação da prefeitura, na manhã desta segunda-feira (26), alertando que a partir de terça (27) o órgão realizará a apreensão dos produtos comercializados e aplicará multas.

O comunicado pegou D.C.F de 26 anos, que vende DVDs piratas em frente ao camelódromo, de surpresa. “Eu estou preocupado, tenho família e filhos para criar. Minha esposa está gravida e agora vamos ter que nos preparar para correr da polícia, porque eu não tenho outra fonte de renda”, relata.

A notícia também pegou de surpresa o vendedor K.J.R de 33 anos. “Sou vendedor ambulante há 15 anos e entrego currículos pela cidade com frequência. Eu não queria estar aqui, mas não encontro oportunidades no mercado de trabalho. Tenho que criar meus filhos e ainda acredito que é melhor estar aqui do que cometendo crimes”, afirma.

Olha o rapa!: Prefeitura quer retirar ambulantes das ruas do Centro
‘Sem alternativa’, ambulantes afirmam que vão permanecer vendendo no centro (Foto: Cleber Rabelo)

 

Por meio de nota, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) informou que 60 vendedores ambulantes foram notificados pela prática de comércio irregular no centro.

Conforme a secretaria, a ação contraria o artigo 109 da Lei Municipal 2909/92, que proíbe esse tipo de venda em local não permitido pela prefeitura. “E caso não atendam ao comunicado acarretará em apreensão e cobrança de multa para liberação do material apreendido. Foram emitidos cerca de 60 comunicados aos ambulantes que lá estavam”, informou a Semadur.

Resistência

Os vendedores ambulantes informaram que não têm outra fonte de renda e, portanto, continuarão com as atividades. “Vamos ter que despistar a fiscalização porque temos famílias. Acho que a prefeitura tinha que se preocupar com coisas mais importantes e nos deixar trabalhar”, relata D.C.F.

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