“Não há motivo para pânico”, diz Vigilância sobre febre amarela em MS

Governo afirma que há vacinas em todos os municípios

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Governo afirma que há vacinas em todos os municípios

Com o último caso urbano da febre amarela em Mato Grosso do Sul registrado em 1942, a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Angela da Cunha Castro Lopes, afirma que os casos de febre amarela na região Sudeste do país não devem gerar temor na população do Estado. Entretanto, o último caso silvestre catalogado é de 2015.

“Não há motivo para pânico. Teve aumento da doença na região Sudeste do Brasil, mas não é surto. Precisamos tranquilizar a população. Aqui não temos nenhum registro positivo da doença”, afirma Angela Lopes.

Conforme a Vigilância Estadual de Saúde, a vacinação é recomendada para quem nunca foi imunizado e for viajar para locais com circulação do vírus ou para outros países. Angela explica que mesmo para quem tomou a vacina há muito tempo, não existe necessidade de reforço, segundo orientação o Ministério da Saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, desde 2014, apenas uma dose da vacina. Em abril de 2017 o governo brasileiro decidiu adotar a norma da vacinação única. Até então, a população tomava a vacina a cada dez anos, o que tem gerado confusão e dúvidas nos cidadãos. A imunização é recomendada para maiores de 9 meses e menores de 60 anos.

Doses disponíveis

De acordo com o Governo do Estado, todos os municípios sul-mato-grossenses estão abastecidos com a vacina contra a febre amarela. Além das vacinas distribuídas, a Secretaria de Estado de Saúde possui 80 mil doses em estoque. Angela acredita que a quantidade é suficiente porque grande parte da população já é imunizada.“Não há motivo para pânico”, diz Vigilância sobre febre amarela em MS

Por conta desse estoque, Mato Grosso do Sul não precisa implantar a vacina fracionada, ao contrário do que acontece na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

Transmissão e sintomas

A doença é transmitida por um mosquito, que pica pessoas e macacos. Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, náusea, icterícia (amarelamento da pele), dores no corpo, calafrio, perda de apetite, olhos amarelados e sangramento.

Em 2017, seis macacos foram encontrados mortos em Mato Grosso do Sul, mas os resultados foram negativos para a doença. Os primatas foram encontrados em Corumbá (2), Dourados (1), Ladário (1) e Campo Grande (2).