MS está abaixo da média nacional em UTI neonatal e não há previsão de expansão
Faltam 81 leitos no Estado
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Faltam 81 leitos no Estado
Mato Grosso do Sul está abaixo da média nacional de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal do SUS (Sistema Único de Saúde), segundo dados da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). O Estado possui 1,0 leito SUS para cada mil bebês nascidos vivo, enquanto a média nacional é de 1,5 leito.
Nacionalmente, somente oito estados superam ou igualam a média nacional e nenhum atinge o parâmetro definido pelos especialistas como recomendável: quatro leitos para cada grupo de mil nascidos vivos.
De acordo com os dados da SBP, Mato Grosso do Sul possui 94 leitos de UTI neonatal (SUS e não SUS), uma média de 2,2 leitos para cada mil nascidos vivos. A média nacional (SUS e não SUS) é de 2,9. São 44 leitos do SUS e 50 não SUS no Estado. Neste cenário, a entidade aponta déficit de 81 leitos no total.
Outro dado apontado pela SBP é o aumento de apenas 7% no número leitos de UTI neonatal do SUS em sete anos no Estado: de 41 para 44 entre 2010 e 2017. Os leitos não SUS tiveram aumento de 178%, passando de 18 para 50, em todo o Estado. Campo Grande teve aumento nos números de leitos tanto SUS quanto não SUS em sete anos: de 43 para 69 (+ 60%).
Situação no Estado
De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), não há previsão de expansão no número de leitos nos próximos meses. Um dos problemas apontados é que os leitos são de alta complexidade e muitas cidades do interior não têm capacidade para implementação com profissionais disponíveis e equipe especializada
A secretaria informou ao Jornal Midiamax que em Nova Andradina, por exemplo, era prevista a implementação de dez leitos, mas que não foi possível devido a essa falta de capacidade para instalação.
Ainda segundo a SES, o Estado está arcando com leitos de UTI neonatal na Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, até que saia a habilitação Ministério da Saúde para custear os leitos.
Brasil
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), mantidos pelo Governo, o País sofre com um déficit de 3.305 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) específicos para o acolhimento de crianças que nasceram antes de 37 semanas e que apresentam quadros clínicos graves ou que necessitam de observação.
Das 27 unidades da Federação, em 18 o indicador é inferior à média nacional e 25 não atendem ao ideal apontado pela SBP. Avaliando-se apenas a performance do setor público (ou seja, os leitos de UTI neonatal disponíveis para o SUS), o quadro é ainda pior: somente oito estados superam ou igualam a média nacional e nenhum atinge o parâmetro definido pelos especialistas como recomendável.
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