Morador do Coophatrabalho perde casa após chuva e agradece por estar vivo
Por Dayene Paz O que restou na manhã desta sexta-feira (30) foram apenas pedaços do muro que caiu após a forte chuva desta quinta-feira (29) e destruiu uma residência do bairro Coophatrabalho, em Campo Grande. Sentimento de alívio por não estar em casa no momento com a família, mas também fica a dor. “Uma casa […]
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Por Dayene Paz
O que restou na manhã desta sexta-feira (30) foram apenas pedaços do muro que caiu após a forte chuva desta quinta-feira (29) e destruiu uma residência do bairro Coophatrabalho, em Campo Grande.
Sentimento de alívio por não estar em casa no momento com a família, mas também fica a dor. “Uma casa financiada que ainda estou pagando”, lamenta o proprietário, o militar Marcelo dos Santos Bega.
De acordo com Marcelo, o problema já é antigo de escoamento e drenagem na região, mas que nunca foi resolvido, apesar do apelo dos moradores. “Uma situação que a gente vem de 10 anos tentando resolver, mas nunca fomos ouvidos”, afirma o morador.
A residência dos fundos a de Marcelo, a da dona de casa Suzy Vera também amanheceu alagada. “Eu mudei em março daqui depois que eu vi o berço da minha filha de um ano de idade nadando dentro de casa. Fiquei com medo porque todos os anos acontece a mesma coisa”, relata Suzy, que foi ver os estragos na manhã desta sexta.
A Defesa Civil Municipal esteve no bairro. A casa de Marcelo foi interditada. “Iremos fazer um auto de constatação, relatar e tirar foto de tudo que estamos vendo. Vamos dizer o que já está claro, a casa está inabitável”, afirma o coordenador de planejamento e risco da Defesa Civil Municipal, Sebastião Octávio Rayol.
Alagamento da Ernesto Geisel
A chuva desta quinta também alagou vários pontos da cidade. Um dos problemas constantes é a rotatória da Avenida Rachid Neder com a Ernesto Geisel.
“Toda vez alaga. Da penúltima chuva, perdemos maquinário e tivemos prejuízo grande. Eles [prefeitura] vem e mechem, mas nunca adianta”, afirma o trabalhador de uma borracharia da região.
De acordo com a prefeitura, em determinados trechos, ocorre o assoreamento do córrego Segredo o que reduz a capacidade de vazão do córrego. A gestão municipal afirmou que inicia e vai manter o trabalho de desassoreamento das bacias de retenção.
“Enquanto este serviço não for concluído, quando há um ciclo intenso de chuva em um período curto nas cabeceiras, o transbordamento pode ocorrer nesta rotatória, onde o córrego é pressionado ainda porque neste ponto recebe as águas do córrego Cascudo, um afluente”, explicou em nota.
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