Mãe cobra SES sobre medicamento para filho epilético

A advogada Vanessa Paula Aquino usou as redes sociais para reclamar da falta de dois medicamentos importados (Keppra e Inovalon) que o filho Matheus de Aquino de 19 anos, portador de atrofia cerebral e epilepsia, toma diariamente. Os medicamentos são distribuídos em Campo Grande, pela Casa da Saúde, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde […]

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A advogada Vanessa Paula Aquino usou as redes sociais para reclamar da falta de dois medicamentos importados (Keppra e Inovalon) que o filho Matheus de Aquino de 19 anos, portador de atrofia cerebral e epilepsia, toma diariamente. Os medicamentos são distribuídos em Campo Grande, pela Casa da Saúde, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

De acordo com Vanessa a Casa da Saúde não fornece o Keppra desde janeiro. “Há dez anos meu filho toma oito comprimidos de 500 mg desse remédio. Quando a medicação começou a faltar meu filho voltou a ter crises epiléticas e convulsões. Dias atrás ele caiu e cortou a cabeça. Na farmácia o medicamento custa R$ 1.100, não temos condições de comprar,” relata. Ainda de acordo com a advogada, há um lote do Keppra na alfandega do Aeroporto Internacional de Campo Grande. “Uma funcionária da Secretaria de Estado de Saúde informou que as caixas estão lá desde janeiro e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não permitiu o repasse à SES.”

 

Mãe cobra SES sobre medicamento para filho epilético
Foto: Por falta de remédio, Matheus caiu durante crise epilética e cortou a cabeça

 

A assessoria de imprensa da Anvisa informou que os medicamentos são barrados quando há algum problema referente à documentação ou à constatação de que não são seguros para o uso. A Anvisa informou que para checar o problema, precisa do número da licença de importação (LI), que pode ser fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul.

Referente ao Keppra, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde, informou que o medicamento já foi comprado pela SES, mas está retido no aeroporto e aguarda a liberação pela Anivisa. Em relação ao Inovalon, a assessoria de imprensa informou que o medicamento foi comprado no dia 19 de julho e o processo de licitação para a compra está aberto e seguindo os trâmites legais.

O Jornal Midiamax tentou obter o número da licença de importação para repassar à Anvisa, mas a Secretaria de Estado de Saúde não informou. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da SES, o secretário estadual de saúde, Carlos Alberto Coimbra agendou uma reunião na próxima semana com o diretor da Anvisa em Brasília, para tratar diretamente da questão de liberação dos medicamentos.

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