Grupo de ex-funcionários do RU protestam na UFMS por pagamentos

Empresa afirma que há um problema bancário

No fim da tarde desta terça-feira (13), um grupo de ex-funcionários da empresa Industrial Foods, responsável por preparar a alimentação dos alunos na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) protestaram em frente do restaurante da instituição devido à falta de pagamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Segundo os trabalhadores, há cerca de 3 meses houve a dispensa e os valores não foram pagos. Além da questão trabalhista, a empresa enfrenta problemas com a alimentação servida no restaurante da universidade.

Um dos trabalhadores que esteve no local é o açougueiro Gilberto César, de 27 anos, que trabalhou durante 4 meses na empresa e foi dispensado em dezembro de 2017. Segundo Cesar, o dinheiro do acerto trabalhista demorou para ser depositado enquanto o FGTS não está disponível. “Vai fazer dois meses que eles fizeram o pagamento, mas até agora eles não fizeram o do FGTS”, contou.

A situação é a mesma da ex-auxiliar de cozinha, Angélica Scalone, 34 anos, que esteve na UFMS e também trabalhou 4 meses na empresa. Ela contou ter recebido o acerto e o salário atrasados depois de sair em dezembro do ano passado. Já o dinheiro do FGTS, por conta de um problema envolvendo a Caixa Econômica Federal, está bloqueado para saque. “Recebemos a rescisão e o salário. Agora falta o FGTS e a multa [rescisória]”, afirmou.

A reportagem entrou em contato com a direção da Industrial Foods, que confirmou ter um problema em relação a criação das contas para o depósito do FGTS, o que impede o saque dos trabalhadores, mas ressaltou que o dinheiro já está na conta. Não foi informado um prazo para a resolução do problema e que está tratando junto ao banco. A direção também disse que cerca de 7 pessoas foram afetadas pelo problema.

Alimentação

Mais cedo, o restaurante universitário foi palco de uma manifestação dos alunos da UFMS contra a qualidade da comida. O ‘marmitaço’ foi organizado por um grupo de estudantes e distribuiu 600 fichas de refeições com o mesmo valor cobrado no restaurante da instituição. Sobre a comida, acadêmicos relatam problemas como carne crua e até larvas no feijão.

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