A ingestão de álcool ao longo da vida pode causar danos irreversíveis ao organismo. O que muita gente não sabe é que há risco de morte quanto a maior a quantidade ingerida e quanto mais precoce for o uso da droga legal.

Na última quinta-feira (15), o Jornal Midiamax noticiou a morte de Fernanda Ribeiro, de 21 anos, que morreu após passar o dia bebendo em uma festa com amigos. Durante a noite, ela passou mal e foi colocada em um colchão para descansar. Ao voltarem para ver Fernanda, os amigos notaram que ela já estava morta.

Ainda não é possível afirmar as causas da morte da jovem, pois o caso segue em investigação pela polícia, mas o fato é que ela perdeu a vida após fazer grande ingestão de álcool.

Conforme o médico toxicologista Alexandre Moretti de Lima, o álcool pode causar uma intoxicação no organismo e afetar o sistema nervoso central. Desta forma, o corpo pode “esquecer” de fazer suas funções básicas, como respirar, e a pessoa pode morrer até mesmo por não conseguir respirar.

“O álcool é uma droga e da forma como é utilizado ele pode ter efeitos agudos e crônicos. Ele [álcool] pode afetar o sistema nervoso central, isso faz com que a pessoa diminua respiração e pode broncoaspirar, que é o que mais acontece. E isso pode causar a morte”, disse o médico.

O coma alcoólico, conhecido pelos jovens como ‘PT’, acontece principalmente com aqueles que não têm costume de beber. “Dependendo do nível de alcoolemia, que pode chegar até a 400 decigramas no sangue, ocorre o bloqueio respiratório central. Quanto mais rápido o consumo, quanto maior a quantidade ingerida, maiores as chances dessa intoxicação acontecer”, pontuou Alexandre.

Os efeitos mais comuns são a falta de memória, dificuldade para falar, a temperatura do corpo começa a cair e o paciente começa a ficar pálido. A orientação do toxicologista é que, quem presencie uma pessoa passando mal depois de beber, acione o socorro imediatamente.

“Nós vamos avaliar o nível de glicose no sangue e dependendo do resultado vamos hidratar o paciente, tratando com soro. Mas precisamos fazer o exame de glicemia para avaliar qual a melhor alternativa”, finalizou.