Eleição no Coophavila II tem confusão e suspeita de fraude

Vários moradores foram impedidos de votar

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Vários moradores foram impedidos de votar

Um dos bairros mais populosos de Campo Grande, o Coophavila II é palco de mais uma confusão envolvendo eleição de nova chapa que comandará a associação de moradores do bairro. Neste domingo (25), centenas de moradores se revoltaram depois de não conseguirem votar. A suspeita é que lista com os eleitores aptos a registrar voto tenha sido fraudada.

O certame para escolher a nova diretoria da associação, comandada atualmente pela mesma presidente há 12 anos, Maria Bernadete de Carvalho, conta com cinco chapas. Ao todo, conforme a comissão eleitoral, são 3.180 pessoas aptas a votar.

Segundo o estatuto da associação, podem votar moradores que residam há mais de 2 anos no bairro e com 16 anos ou mais. Outra regra do documento, segundo moradores, é que a lista final seja divulgada 90 dias antes da disputa, situação que não teria ocorrido. 

A principal revolta dos moradores que foram até a sede da associação, localizada na Avenida Marinha, neste domingo, é que muitos nomes de moradores não constam na lista de eleitores aptos. Há casos de gente que vive há mais de 30 anos no bairro e foi impedido de votar.

Integrante da chapa 4, Leo Marques disse ao Jornal Midiamax que o processo está truncado e desorganizado. Segundo ele, empresa que pertence a irmão da atual presidente foi contratada para cadastrar os moradores aptos a votar e isso tem gerado suspeita de concorrentes já que a atual presidente apoia a chapa 1.

Presidente da comissão eleitoral, Raimunda Farias disse que a confusão nas eleições é resultado de desorganização da atual presidência e das chapas concorrentes. Segunda ela, o trabalho da empresa contratada para cadastrar moradores foi considerado ruim, já que várias falhas foram encontradas.

Para dar mais transparência ao processo, representantes das cinco chapas foram convocados para fazer o cadastro dos moradores. No entanto, alguns foram deixados fora da lista final.

Outras reclamações sobre dificuldade em votar, segundo a comissão, têm relação com o fato de eleitores irem ao local de votação sem documento com foto, item exigido para o registro do voto. “Tem gente vindo com a conta de luz para votar e isso não pode”, completou.

Enquanto as chapas discutem e a comissão eleitoral se defende, moradores que saíram de casa para escolher a nova presidência se dizem frustrados. Lucas Andrade vive há 22 anos no bairro e conta que das cinco pessoas que vivem na casa dele, apenas uma apareceu na lista dos aptos. “Meu nome não estava lá, não pude votar mesmo com comprovante de residência”.

Eleição no Coophavila II tem confusão e suspeita de fraude

Laurisandri Cezar, conhecido como Romário, também protestou pela forma que as eleições foram conduzidas. “Estou  indignado. Moro aqui há 35 anos, a presidente esteve na minha residência juntamente com os candidatos e membros das chapas. Realizaram o cadastro e pra minha surpresa meu nome não constava na lista”, protesta.

A reportagem tentou contato com a atual presidente do bairro, Maria Bernadete, mas ela não foi encontrada tanto na associação quanto pelo telefone.

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