Dengue: Campo Grande tem 27 pontos com risco de infestação
Outras 30 são consideradas sob alerta, conforme LIRAa
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Outras 30 são consideradas sob alerta, conforme LIRAa
Esta edição do LIRAa pesquisou a presença de mosquitos, ovos e larvas em 15.827 imóveis de 67 áreas da cidade, nas quais 673 focos foram identificados, durante o período de 15 a 19 de janeiro. Das regiões com mais chance de infestação, destacam-se as áreas abrangidas pela UBS (Unidade Básica de Saúde) Cidade Morena, com IIP (Índice de Infestação Predial) de 11,7; UBS Universitário, com índice de 10,9; e UBS Itamaracá, com índice de 9,6.
O IIP considera é uma porcentagem que considera regra simples entre o número de notificações vezes 100, dividido pelo número de imóveis vistoriados. Quando o índice é menor que 1, o valor é considerado satisfatório. Valores entre 1 e 3,8 recebem sinal de alerta. Já os índices a partir de 4 denunciam que a região é considerada área de risco. Confira AQUI a lista completa.
Diferentemente das outras edições do LIRAa, que consideravam somente o número de bairros como estratos do levantamento, esta edição passa a considerar como estratos as áreas de abrangência de cada UBS que, segundo a Sesau, possibilita melhor interpretação dos dados. “Agora trabalhamos com universo de até 13 mil domicílios. Áreas muito extensas, com densidade populacional muito alta, acabavam causando uma distorção que dificultava a implantação de ações”, explica Eliasze Guimarães, titular da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Sesau.
Epidemia de dengue
Segundo Neuma Chaves, gerente técnica de Vigilância Epidemiológica de Endemias da Sesau, os dados epidemiológicos de 2018, até a semana 7, revelaram 436 casos de notificações de dengue, sem registro de casos graves ou de óbitos. No mesmo período em 2017, foram registrados 526 casos. No entanto, apesar dos números aparentemente favoráveis, a dimensão da epidemia já prevista para o próximo verão poderá ser melhor avaliada na semana 13.
Na prática, os números apontam que Campo Grande não enfrenta epidemia de dengue no momento, mas, a julgar pelo histórico da Capital, que apresentou epidemia em 2007, 2010, 2013 e 2015, a partir de dezembro os números de infestações deverão saltar.
“Agora cada um precisa cumprir seu papel na rotina do dia a dia. O serviço público vai fazer as atividades de orientação, que são as visitas domiciliares. Mas, cabe à comunidade cada qual cuidar de sua casa e também não jogar lixo nos terrenos baldios”, afirma Guimarães.
Os vilões
Dos 673 focos de mosquitos identificados nos 63 estratos do município, 473 – 70% do total – estavam distribuídos em 14 tipos de depósitos: a maioria estava em baldes comuns, seguidos de tambores d’água e, finalmente, por pneus. Vasos de plantas, caixas d’água no solo, pratos de vasos, lonas e vasilhas vêm na sequência. Ou seja, a maior parte dos focos ainda está nos domicílios e o cuidado de cada morador poderia fazer a diferência nos números da epidemia que está por vir.
Vale lembrar que, em algumas regiões da cidade, a Sesau recorreu a armadilhas, que funcionam como uma espécie de contra-prova do LIRAa: as armadilhas atraem as fêmeas para que ela deposite os ovos em áreas específicas, que são monitoradas por agentes de saúde. “Essas armadilhas funcionam como sentinelas, elas nos ajudam a trazer respostas de onde está a maior infestação e a partir disso podemos direcionar as políticas”, conclui Guimarães.
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