Cerca de 40 trabalhadoras da – terceirizada do setor de limpeza e conservação do HR MS (Hospital Regional Rosa Pedrossian) – estão mobilizadas na manhã desta sexta-feira (13), no sindicato que representa categoria, por conta da falta de pagamento do salário deste mês e do tíquete de alimentação.

De acordo com o vice-presidente do Steac (Sindicato do Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul, Ton Jean Ramalho Ferreira, os problemas enfrentados pelos trabalhadores da terceirizada são frequentes. Neste momento, além dos funcionários do HRMS, também haveria terceirizados da empresa em Três Lagoas sem os salários.

A empresa presta serviço e outros órgãos públicos do Estado, teria efetuado o pagamento dos salários, porém, os trabalhadores também estariam sem o tíquete de alimentação. Conforme Ramalho, ao tomar conhecimento da situação, o sindicato encaminhou ofício, no último dia 10, à Funsau (Fundação Hospitalar de Mato Grosso do Sul – mantenedora do HRMS – e à empresa. O pedido no documento era de regularização dos pagamentos em até 72 horas.

Ainda segundo o sindicalista, para entrar em greve, seria necessário a participação de pelo menos 200 trabalhadores da terceirizada em assembleia. As trabalhadoras que estão no sindicato tentam mobilizar outros colegas. O problema, segundo elas, é o medo de represálias. A informação é de que quem participa de greve e mobilização pelo pagamento dos salários é transferido para postos de trabalho em outros órgãos.

A Vyga tem cerca de 700 funcionários prestando serviços em órgãos públicos, sendo cerca de 400 sindicalizados. No HR MS são 150 trabalhadores.

Uma das trabalhadoras, de 36 anos, diz que trabalha há cinco anos na Vyga. “Tem mês que a gente recebe no dia 20. Eles [empresa] não têm dinheiro para pagar a gente. Eu sou uma das poucas pessoas que entrou de férias e não recebi nem pagamento e nem férias. Isso prejudica muito, vivemos de aluguel e de pagar multa, pois, está sempre atrasado”, afirma.

De acordo com dados do Portal de Transparência de Mato Grosso do Sul, somente neste ano, a Vyga já recebeu R$ 1,3 milhão em pagamentos efetuados pela Funsau. O problema com a Vyga é antigo. Desde 2012 o Jornal Midiamax acompanha o drama dos trabalhadores que não conseguem receber em dia.