Campanha da Fraternidade 2018 vai tratar de ações para superar a violência

Arquidiocese quer promover audiências públicas e criar a ‘Cidade da Paz’, para divulgar ações

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Arquidiocese quer promover audiências públicas e criar a ‘Cidade da Paz’, para divulgar ações

Campanha da Fraternidade 2018 vai tratar de ações para superar a violência

O tema é escolhido com antecedência de dois anos a partir das discussões elencadas nas atividades da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Ao todo, 11 GTs (grupos de trabalho) organizaram propostas concretas para promover debate e formação acerca de temas como violência no trânsito, violência contra a pessoa idosa, violência contra a criança e o adolescente, suicídio, crime organizado, violência contra a mulher, violência contra os povos indígenas, violência institucional, violência nas escolas, violência racial e violência no campo.

“Estes 11 GTs discutem as ações feitas pelas diversas pastorais e preveem o diálogo com especialistas e autoridades, porque o objetivo é também o surgimento de políticas públicas que ajudem a superar a violência, ou seja, que a campanha traga resultados locais”, explicou o arcebispo de Campo GRande, Dom Dimas Lara, durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (14).

Das missas à sociedade

(Reprodução)​Todavia, a expectativa da Arquidiocese é de que em Campo Grande os debates acerca da superação da violência ultrapassem o período da campanha e o ambiente eclesiástico e alcance toda a sociedade, após diálogos e parcerias com o poder público. Assim, a ideia é que o debate em favor da paz esteja presente desde as escolas à repartições públicas.

“Em Campo Grande, especificamente, estamos pensando em ações que vão se desenvolver ao longo do ano. Se Deus quiser, estas medidas podem gerar ou novas pastorais, ou iniciativas de políticas públicas. Pretendemos articular com a Câmara Municipal e com a Assembleia Legislativa, por exemplo, audiências públicas para discutir a criação desses mecanismos, já em março”, declarou Dom Dimas.

Uma das estratégias, a propósito, é utilizar a estrutura da ‘Cidade do Natal’ para uma ‘Cidade da Paz’, no mês de novembro, a fim de promover mais alcance e visibilidade das ações decorrentes da campanha. “Queremos que todos os segmentos da sociedade msotrem o que estamos fazendo pela paz. E tem muita gente, de vários movimentos. Temos que dar visibilidade a todos esses trabalhos”, explicou o arcebispo.

Segundo Dom Dimas Lara, o tema da campanha da fraternidade deste ano é especialmente oportuno, pois casa com a realidade que o país enfrenta atualmente, com o crescimento das estatísticas de violência. “No Brasil, os índices de homicídios e de mortes violentas superam, por exemplo, índices de países que estão em guerras civis ou que sofrem com atentados. O grande problema é que como vivemos em um país de dimensões continentais, muitas vezes não conseguimos perceber o que está acontecendo”, explicou.

O lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2018 ocorrerá em celebração religiosa no dia 18 de fevereiro, às 9h, no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco (Rua 14 de Julho, 5200 – Monte Castelo).

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