A irmã de um paciente com pancreatite entrou em contato com a reportagem do Jornal Midimax hoje à tarde (30) para reclamar sobre a falta de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento no bairro Leblon (UPA), em Campo Grande. De acordo com a denunciante, o paciente procurou atendimento pela manhã no local, porém foi locado na sala vermelha a espera de uma vaga em algum hospital da cidade.

O enfermo se trata de Belmo Garcia Rocha. Segundo a irmã, Arlene Garcia Rocha, o irmão começou a sentir dores enquanto caminhava e, por isso, foi socorrido por parentes até a unidade hospitalar. No entanto, devido à gravidade do caso, ela foi informada pelos profissionais do local que ele precisaria do atendimento na Santa Casa ou no Rosa Pedrossian.

“Falaram que ele estava esperando atendimento pela Central de regulação. Depois ele deveria ser transferido por uma unidade do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Mai tarde, até conseguimos a vaga no Rosa Pedrossian, porém não havia nenhuma ambulância para leva-lo até o hospital”, reclamou.

Devido a liberação, ela e outros parentes decidiram remove-lo por volta 17h30 até a unidade hospitalar em um carro próprio. “Foi uma medida extrema, pois se acontecesse algo que agravasse a situação do meu irmão poderíamos ser responsabilizados. É muito triste nossa situação, se está assim em um domingo, imagine no feriado”, lamentou.

Chegando na unidade hospitalar poucos minutos depois ele foi atendido e encaminhado ao atendimento médico especializado.

Outro Lado

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande), que por meio da Assessoria informou que “não está faltando unidades do Samu. As treze viaturas disponíveis estão fazendo atendimento hoje”, diz a nota.

Problema recorrente

No mês de setembro outro caso foi noticiado com exclusividade pelo Jornal Midiamax. Uma gestante e dependente química, procurou a CRS (Centro Regional de Saúde) do Nova Bahia sentindo dores abdominais. Ao passar pelo ultrassom, o pai contou que o médico não conseguiu ouvir os batimentos cardíacos do feto, mas alertou ser normal devido ao pouco tempo de gravidez.

Os dois correram para a CRS Nova Bahia e, ainda de acordo com o pai, ficaram cerca de 3 horas até uma enfermeira colocar o soro para aliviar a dor. Devido a situação grave de saúde, ela acabou abortando no Hospital Universitário, ela foi atendida e liberada. No entanto, ela falou que o hospital não disponibilizou uma ambulância para leva-la para casa.

“Eu queria meu filho nos braços, já que não tinha, eles poderiam pelo menos ter me limpado, pedido para o Samu me trazer. Peguei ônibus com todos os restos dentro do meu útero. Não sei porque fizeram isso comigo”, lamentou.