O projeto de Lei 6.174/05, que autoriza o governo Federal desmembrar o campus da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em a fim de criar a UFPan (Universidade Federal do Pantanal), pode voltar à pauta no Congresso.

De acordo com o deputado estadual George Takimoto (MDB), há articulação com o senador Pedro Chaves (PRB) para que o Ministério da Educação e a Casa Civil da Presidência da Republica retomem a apreciação da matéria.

Apresentado em 2005, o projeto de autoria do deputado federal Geraldo Resende (PSDB) autoriza o Executivo Federal a instituir a “Fundação Universidade Federal do Pantanal”, com sede em Corumbá, a partir do desmembramento do campus da UFMS, aos moldes do que ocorreu com a UFGD.

A matéria foi apresentada quando o governo federal incentivava uma política de expansão das universidades públicas, durante a gestão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o parlamentar, apesar do período de recessão, a justificativa do projeto continua válida, visto que o desmembramento na região em Dourados alavancou o desenvolvimento da região.

“Sabemos que é um processo moroso e com muitos obstáculos. O desmembramento do campus proporcionaria uma maior exploração do potencial econômico daquela região, principalmente por proporcionar o surgimento de cursos que possam fazer a interação entre o bioma do Pantanal e as atividades econômicas”, destaca.

Desenvolvimento regional

A diretora em exercício do Campus do Pantanal, professora Gecele Matos Paggi, destacou que a Comissão Especial responsável pelo Projeto de Criação da UFPan, vinculada à UFMS, vislumbra fortalecimento das atividades acadêmicas, como ensino, pesquisa e extensão, caso o campus se torne uma universidade independente.

Articulação junto ao Governo quer que PL de criação da Universidade do Pantanal volte à pauta
Prédio da pós-graduação da UFMS no campus de Corumbá (Foto: Divulgação)

“A grande vantagem é que a universidade receberia diretamente os recursos do MEC (Ministério da Educação), não dependeríamos da divisão feita pela UFMS. Além disso, a possibilidade e planejamento para oferta de novos cursos seria seria melhor articulada”, destaca.

Segundo a docente, a grande dificuldade estaria, no entanto, no prospecto de que o orçamento da União para 2019 deverá ser restrito para essa demanda, por exemplo.

“A abertura de novos cursos demanda contratação de novos profissionais e a noticia que ja temos é que o orçamento da união dificilmente proporcionará abertura desse tipo de vaga”, aponta.

Atualmente com 13 cursos de graduação e duas pós-graduações stricto sensu (mestrado), o campus teve o potencial para desmebramento chancelado pela comissão. O desafio, portanto, é romper com a estagnação ocasionada por questões políticas e burocráticas.

“A criação da UFPan, sem dúvidas, proporcionaria mais desenvolvimento regional, recebendo novos cursos e consequentemente contribuindo com o crescimento de áreas que sao poucos desenvolvidas”, acrescenta Paggi.

“A exemplo da UFGD, conseguimos vislumbrar que pode ser possível, a longo prazo, proporcionar desenvolvimento regional com uma universidade independente”, conclui.