Água abençoada ‘bomba’ na entrada do Enem e ambulantes reclamam de movimento fraco
Faltando pouco tempo para o início do segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os vendedores ambulantes aproveitaram para fazer dinheiro extra vendendo alimentos, água e canetas aos estudantes mais esquecidos. Neste domingo (11), os ambulantes dizem que as vendas caíram em relação ao primeiro dia. Eles também tiveram a concorrência […]
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Faltando pouco tempo para o início do segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os vendedores ambulantes aproveitaram para fazer dinheiro extra vendendo alimentos, água e canetas aos estudantes mais esquecidos. Neste domingo (11), os ambulantes dizem que as vendas caíram em relação ao primeiro dia. Eles também tiveram a concorrência dos estudantes de universidades que aproveitam para arrecadar dinheiro para a formatura. A ‘água abençoada’ foi um dos itens mais vendidos no portão da Uniderp, um dos locais de prova em Campo Grande.
O ‘abençoada’ é uma brincadeira dos estudantes que dizem que a água vai consagrada com a sorte de quem já enfrentou o Enem e conseguiu entrar em uma universidade.
O estudante do 4º semestre de direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Vinicius Almeida Alves, 19 anos, conta que é o segundo ano em que ele e os amigos da sala vendem água no Enem, mas diz que no primeiro dia de provas venderam bem mais do que neste domingo. A explicação, segundo ele, é que no primeiro dia, os candidatos estavam mais esquecidos.
“No primeiro diz esqueceram tudo. Hoje o pessoal trouxe as coisas de casa. No primeiro dia tinha muita gente sem caneta e sem água. Eles se prepararam mais para esse segundo dia”, comenta o rapaz.
Os calouros da medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também foram vender ‘água abençoada’. Por lá, quem abençoada a água é o presidente da atlética de medicina.
A estudante Loyslene França, 22 anos, conta que a tradição da UFMS os calouros venderem canetas, água e balas para arrecadar dinheiro já para a formatura. A estudante foi a única que disse que as vendas aumentaram do primeiro para o segundo dia.
Os calouros venderam mais de 100 garrafas de água e todas as balas e canetas que levaram. “A gente gruda o pessoal pelo braço, pede, implora e fala que vai passar”, diz a estudante. Rafael do Amaral, 21 anos, também confirma que quem compra a água tem mais chances. “O objetivo é vender a água abençoada e ajudar o pessoal a passar”.
Com experiência de quem trabalhas desde os 12 anos nas vendas populares, Alexandre Silva Filho, 45 anos, vende pipoca, água, refrigerante, energético, salgadinho, amendoim e balas. Ele aponta que as vendas caíram 30% da semana passada para essa. O vendedor também comenta que até o número de candidatos parece ter diminuído de uma semana para outra.
Rosana de Oliveira, 53 anos, conta que vende salgados desde o primeiro Enem. Segundo ela, as vendas vêm caindo a cada Enem. Antes, usava 30 quilos de trigo para fazer salgado e, neste ano, usou apenas quatro quilos.
Seu ajudante, Doralino de Moraes, 63 anos, confirma. “Chegávamos a vender 30 fardos de água e agora, não chegam nem a dois”.
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