Terceirizados do Detran-MS denunciam atraso em pagamento

Este ano órgão deve pagar R$ 129 milhões às terceirizadas

Funcionários de empresas terceirizadas pelo Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), denunciam atraso no repasse. Segundo relatos, o pagamento que deve ser feito na primeira semana do mês ainda não foi depositado e alguns trabalhadores estão sem receber.

Segundo relatos, aos menos duas terceirizadas aguardam o pagamento. Uma delas é a Disp, responsável pela segurança ostensiva armada às agências do órgão desde outubro de 2014. Em novembro de 2016, a empresa teve contrato renovado com o órgão. O prazo termina em setembro de 2017. 

“O problema do atraso do órgão é comum, mas isso ocorre não apenas com o Detran-MS. É a crise econômica do país. A situação não afeta a empresa”, garante. Por outro lado, funcionários que preferem não se identificar afirmam que os salários estão atrasados. “Tem motoristas que ainda não receberam”, assegura.

A direção da Disp diz que cerca de 200 funcionários da empresa prestam serviços no Detran-MS, no entanto, nega que haja atraso de salário. “Isso não é verdade. Os salários estão em dia”, frisa.

Outra empresa que de acordo com a denúncia não teria recebido o repasse é a NQP, que realiza o transporte dos servidores do órgão.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar várias vezes com a responsável pela empresa, mas as ligações não foram atendidas. Um email também foi encaminhado, porém, até o fechamento deste texto não houve resposta.

O diretor-presidente do Detran-MS Gerson Claro Dino, também foi procurado para falar sobre as denúncias, no entanto, disse que não se manifestaria sobre o assunto.

Portal da Transparência –

O Portal da Transparência  mostra que em 2016 o Detran-MS arrecadou R$ 310 milhões e pagou R$ 230 milhões em despesas, sendo R$ 160 milhões apenas com pagamento de empresas terceirizadas.

Em 2017 a previsão de arrecadação é de R$ 327 milhões, ou seja, R$ 16 milhões a mais, comparado ao valor arrecadado no ano passado. 

A estimativa é de que o órgão pague R$ 222 milhões, sendo R$ 129 milhões às empresas terceirizadas.