Carta deve ser encaminhada também aos professores

Pais serão orientados por meio de carta, conforme o prefeito (PSD), sobre como prevenir casos de suicídio motivados por jogos como “” e “Fadas de Fogo”, além de alertados sobre a classificação indicativa da série americana 13 Reasons Why.

Durante agenda pública, nesta sexta-feira (21), o prefeito ressaltou que medida coordenada pela Secretaria Municipal de Educação () incentivará também diretores, coordenadores pedagógicos e professores a relatar alterações de comportamento dos alunos.

“A Semed vai dar orientação para os pais e professores, pois tem acesso direto com os alunos e talvez consigam identificar algum problema. Esse jogo é maléfico e atinge o psicológico”, comentou Marquinhos, ao vistoriar áreas com danos causados pela chuva.

Sobre a série americana a titular da Semed, Ilza Mateus, esclareceu que por estar direcionada ao público a partir de 18 anos, esta deve ser acompanhada de abordagem mais profunda sobre tema tão complexo como o suicídio. “Precisamos ficar atentos e sempre buscar o diálogo”. 

Prevenção, inclusive, será tema de audiência pública, quarta-feira (27), na Câmara Municipal. O evento, previsto para às 14h, deve abordar os efeitos gerados pelo jogo criado na Rússia e conhecido como “Baleia Azul” em crianças e adolescentes.

Nesta semana, a Polícia Civil considerou trote um dos desafios do jogo que previa distribuição de balas envenenadas em três escolas de educação infantil na cidade de Ponta Porã, a 346 quilômetros de . Responsáveis pela ameaça ainda estão sendo investigados.

‘Baleia Azul'

Apontado como um jogo que teve origem na Rússia, o ‘Baleia Azul' tem um curador ou moderador que distribui os desafios a partir de um grupo secreto onde os contatos são iniciados pelo Facebook. Entre os desafios estão provas mórbidas que de certa forma preparam os participantes para o suicídio.

São desafios típicos, por exemplo: escrever frases e fazer desenhos com lâminas na palma da mão e nos braços, assistir a filmes de terror de madrugada, subir no alto de um telhado ou edifício, escutar músicas depressivas, mutilar partes do corpo – como os lábios -, ficar doente, ir a uma estrada de ferro de madrugada, receber e aceitar uma data para a sua morte e cumprir essa missão.

Na última semana, a morte de Gabriel Antônio dos Santos Cabral, de 19 anos, passou a ser investigada após a família descobrir que ele jogava o ‘Baleia Azul'. O caso aconteceu em Pará de Minas, Gabriel tinha mulher e uma filha de apenas 40 dias e segundo sua mãe, Maria de Fátima Santos, de 37, vinha tentando deixar esse grupo, mas sofria uma pressão muito grande.

O corpo dele foi encontrado pela mulher sobre a cama do casal. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e os socorristas encontraram cinco cartelas vazias de um antidepressivo. Estima-se que o rapaz tenha ingerido dezenas desses comprimidos na noite anterior.