Pronto-socorro do HR só vai atender casos urgentes ou com encaminhamento

Medida é para amenizar superlotação

Para focar em casos mais graves, o Hospital Regional Rosa Pedrossian não vai mais receber pacientes sem encaminhamentos ou que não estejam em situação grave no PAM (Pronto Atendimento Médico). Segundo a direção do HR, a medida foi tomada para amenizar a superlotação na unidade. Hoje a capacidade de leitos para prontoatedimento é de 77, mas dependendo da época o hospital chega a receber 130 e até 150 pessoas.

De acordo com o diretor-presidente do HR, Justiniano Vavas, essa é uma normativa publicada em novembro de 2014 no diário oficial do Estado, mas que até hoje não havia saído do papel. “Sei como é a realidade de ver o paciente na maca no corredor do hospital”, disse ele que está na direção há dois anos.

Com a demanda além da capacidade do HR, não há como prever o quanto de material, medicamento e equipe médica será necessário. Consequentemente o gasto também é maior. Enquanto isso, pacientes que estão UPAs aguardam e em estados mais graves aguardam vaga no Regional. O diretor clínico Alexandre Frizzo cita outro exemplo.

Em muitas situações pessoas que moram no interior do estado vêm para Campo Grande em bisca de tratamento e não podem ser recebidas por falta de leitos. “Essas pessoas gastam com passagens, gastam tempo para virem para cá”, disse. 

Para não pegar a população de surpresa, a equipe distribuiu panfletos, pendurou faixas e cartazes em todo o HR. A campanha vem sendo feita desde outubro e já surtiu efeito, segundo a coordenadora do PAM.