Na novena do Perpétuo Socorro, católicos celebram lei da Santa Padroeira de MS

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi oficializada 

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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi oficializada 

Os católicos comemoraram na manhã desta quarta-feira (27), a oficialização de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como padroeira oficial de Mato Grosso do Sul. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sancionou a lei no santuário que leva o nome da santa, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O projeto de lei tramitava na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul há quatro anos e, foi aprovado, agora, no ano em que o Estado comemora 40 anos de criação. A lei inclui 27 de junho, Dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no calendário oficial de eventos do Estado, mas não será decretado feriado na data.

Durante a cerimônia, o padre Padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário, disse que “era o dia mais feliz de sua vida”. O padre foi um dos maiores defensores da escolha da padroeira, articulando junto aos deputados o Projeto de Lei. Segundo ele, “Mato Grosso do Sul ter uma padroeira representa uma maior segurança espiritual, assim com o País tem Nossa Senhora Aparecida como padroeira”.

Para o governador Reinaldo Azambuja, a sanção da lei veio em um momento especial, pois, aconteceu no ano em que Mato Grosso do Sul completa 40 anos de criação e é motivo de “alegria no coração”.

Azambuja disse que o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é especial para sua família, pois, sua esposa participa todas as quartas-feiras da novena. “Temos uma data, temos uma Santa que temos orgulho de termos como padroeira”.

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa também comemorou. “Hoje é um tempo de nos alegrarmos. Este é o maior Santuário de Mato Grosso do Sul. É um dia histórico”, disse.

O deputado Paulo Siufi (PMDB) descreveu os quatro anos para que o Projeto de Lei pudesse ser aprovado. “Parecia que nunca aconteceria. Na quarta-feira passada [20 de dezembro], na Assembleia, parecia que não íamos conseguir de novo. Eu liguei para o padre Dirson e pedi para ele ir ao plenário e, pedi para ele já ir orando”, explicou sobre as discussões que aconteceram antes da votação. “Recolhemos mais de 17 mil assinaturas, representando o quanto é importante para nós”, disse Siufi.

O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB) afirmou que a Casa votou o projeto de lei antes de encerrar o ano legislativo, pois, era de importância, principalmente para os católicos e fiéis da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que todas as quartas-feiras reúne milhares de pessoas no Santuário.

“Tenho duplo motivo de alegria de participar e desse processo e atender à solicitação da minha mãe”, disse Mochi emocionado ao relembrar de sua mãe.

Devoção em MS

Presentes na cerimônia, o casal Marcelo André Sartori, 47 anos, e Ivone Sartori, 43 anos, contam que há cinco anos participam da novena e, todas as quartas-feiras viajam de Jaraguari –onde moram- para a Capital. O casal diz que o estabelecimento da padroeira é muito importante para a fé Católica. “Tem o lado político, mas, para nós, é a fé mesmo”.

Na novena do Perpétuo Socorro, católicos celebram lei da Santa Padroeira de MS

No Estado, sete cidades têm a santa como padroeira. Em Campo Grande, o Santuário, reúne cerca de 35 mil de devotos todas as quartas-feiras. São 18 horários de novena, das 6h até às 23h. Em Campo Grande, a Paróquia de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro foi fundada em 1939, pelo então Bispo de Corumbá, Dom Vicente Priante, no Bairro Amambaí.

A inauguração da Igreja aconteceu em 3 de agosto de 1941 e, em 10 de janeiro de 1999, o então Arcebispo de Campo Grande, Dom Vitorio Pavanello, publicou o decreto que elevou a Igreja à Santuário Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, motivado pelas tradicionais novenas que acontecem todas as quartas-feiras e reúnem milhares de pessoas.

Nos últimos meses, os católicos reuniram milhares de assinaturas em um abaixo-assinado para que a santa fosse proclamada a padroeira do Estado. O Projeto de Lei que foi aprovado na Assembleia Legislativa  é do deputado Dr. Paulo Siufi (PMDB), com co-autoria dos deputados Antonieta Amorim (PMDB); Cabo Almi (PT); Coronel David (PSC); Eduardo Rocha (PMDB); Junior Mochi (PMDB); Paulo Corrêa (PR) e Renato Câmara (PMDB).

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