MPE dá 10 dias para Prefeitura explicar obras no canteiro da Afonso Pena

Canteiro da avenida é considerado patrimônio histórico 

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Canteiro da avenida é considerado patrimônio histórico 

A revitalização do canteiro da avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, é alvo do MPE-MS (Ministério Público Estadual). A  26ª promotoria de Justiça de Campo Grande quer saber se a obra tem autorização, por se tratar de uma área tombada, portanto, com restrições de uso. E a prefeitura terá dez dias para dar explicações. 
O MPE informou nessa segunda-feira (24) que requisitou informação sobre regularidade da obra, no prazo legal determinado.  Caso exista alguma irregularidade formal, como falta de autorização, devidamente acompanhada de laudos técnicos, a obra deve ser imediatamente paralisada. 

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, a obra é feita por meio de uma parceria com a iniciativa privada, à custo zero para os cofres públicos. Sobre o procedimento ser realizado em uma área de valor histórico para a cidade, o município informou que “acompanha os trabalhos e serão tomados os cuidados para realizar a instalação da estátua”. 
A ‘cortesia’ seria fruto de uma compensação ambiental de uma construtora; uma espécie de indenização pela degradação, na qual os custos sociais e ambientais identificados no processo de licenciamento são incorporados aos custos globais do empreendedor. O trecho passa por remodelação desde a semana.

O projeto prevê o cultivo de flores e plantio de plantas ornamentais no trecho, bem como a pintura, com cor natural, do monumento dos Pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que também receberá iluminação. O canteiro também ganhará uma estátua de bronze em tamanho natural em homenagem ao centenário do Poeta de Manoel de Barros, completado ano passado. 

Patrimônio da Capital 

No dia 23 de fevereiro de 2016 o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o tombamento histórico e paisagístico do canteiro central da Avenida Afonso Pena, atendendo a Ação Civil Pública proposta pela 26ª Promotoria de Justiça. Na mesma época, a Prefeitura de Campo Grande planeja construir corredores de ônibus no canteiro. 

Na decisão foi determinado o tombamento histórico e paisagístico do canteiro central da avenida, tornando o local resguardado; o tombamento é o ato de reconhecimento do valor histórico de um bem, visando à proteção do patrimônio cultural, histórico e artístico, transformando-o em patrimônio oficial que deve ser protegido por todos.
 
 

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