Moradores denunciam falta de médicos que já dura 15 dias em Anhanduí

Sesau afirma que profissionais pediram transferência e exoneração da UBS

A única UBS (Unidade Básica de Saúde) de Anhanduí, distrito de Campo Grande, está sem médicos há mais de 15 dias. É o que denunciam os moradores, que também relatam ausência de farmacêutico e odontólogo nos plantões, o que faz com que não consigam ter acesso à medicamentos controlados.

Uma dona de casa de 22 anos, que preferiu não ser identificada, afirma que no próprio posto de saúde os profissionais já avisam que não há médicos. “A gente chega e pergunta e eles falam que os médicos pediram pra sair. Dizem que o prefeito cortou um dinheiro deles, um vale distância, de risco na BR”, explica.

Médicos pediram pra sair

Consultada, assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria municipal de saúde pública) afirma que 4 profissionais atendiam o distrito. Os médicos, no entanto, pediram exoneração e transferência, ‘por não acharem vantajoso atendeu o local’.

“Dos 4 médicos que estavam lotados na unidade, 3 pediram transferência e 1 exoneração. Eles alegam que não é vantajoso realizar os atendimentos na unidade de segunda a sexta-feira, mesmo recebendo a gratificação de Difícil Acesso, que foi restabelecida por decreto e de forma retroativa”, comentou a assessoria.

Para atender no distrito, os profissionais recebem um adicional pelo ‘difícil acesso’, que no caso de Anhanduí, atinge 60% do vencimento base dos profissionais. Conforme explicou a assessoria de imprensa, o decreto que regulamenta o benefício foi publicado na terça-feira (11).

“O Decreto nº 13.217 publicado na Edição Extra do Diogrande de ontem (11), Classifica Unidades de Difícil Acesso e estabelece a gratificação por exercício nestes locais, levando em consideração os critérios estabelecidos para recebimento. Ele tem caráter retroativo a 1º de junho de 2017. A unidade em questão foi classificada como do grupo A e estabelece a gratificação de até 60% (sessenta por cento) do vencimento base do cargo, aos servidores lotados na unidade”, esclarece a Sesau.