Governo pretende rastrear pescado para conter pesca ilegal

Cada exemplar vai receber um selo

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Cada exemplar vai receber um selo

Um sistema de rastreabilidade de peixes pretende pôr fim à pesca e comercialização ilegal de pescados em Mato Grosso do Sul. Pela nova política, está em preparação e deve começar antes da próxima Piracema, serão mensurados cardumes e será feito levantamento do número profissionais em atividade no Estado.

Segundo informações do Imasul, a ação é inédita no País, mais eficiente quanto à sustentabilidade e capaz de inibir a captura indiscriminada e o comércio de peixes nativos retirados ilegalmente dos rios. A medida foi anunciada pelo diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Ricardo Eboli, durante audiência pública realizada na terça-feira (29), na Assembleia Legislativa.

As espécies que terão cardumes rastreados são das cinco principais espécies nativas dos rios sul-mato-grossenses (pintado, pacu, dourado, cachara e jaú). Ao passo que a quantificação é realizada, o número real de pescadores profissionais em atividade no Estado será levantado.

Governo pretende rastrear pescado para conter pesca ilegal

Para garantir a eficácia do sistema, cada exemplar receberá um selo com informações de quem o capturou e para quem foi vendido. A ausência do selo em pescados fará com que o produto seja apreendido e o flagrante vai configurar crime ambiental com punições previstas em lei.

“O controle tem o apoio dos pescadores profissionais”, assegurou Eboli, que adiantou o assunto com os presidentes das colônias de pescadores presentes à audiência pública. “Precisamos é coibir o comércio desse peixe. Quando ninguém mais comprar um peixe retirado ilegalmente dos rios, nossa missão de cuidar dos recursos naturais estará garantida”, disse.

Outra medida que virá no bojo da nova política de pesca de Mato Grosso do Sul pode ser o estabelecimento de um tamanho máximo para captura dos peixes. “Hoje temos apenas o tamanho mínimo de cada espécie. Abaixo daquela medida o peixe tem que ser devolvido ao rio. Pretendemos estabelecer também um tamanho máximo. E por que isso? Porque o peixe grande é portador de uma carga genética muito valiosa, além de ser um grande atrativo dos nossos rios. Vai ser capturado e devolvido para continuar fazendo a alegria dos pescadores e garantindo a reprodução da espécie”, esclarece.

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