Exonerado após denúncia de racismo, oficial ainda dá aulas a bombeiros

Ex-comandante da Academia foi alvo de sindicância na corporação

O Tenente Coronel Francimar Vieira da Costa, alvo de sindicância do Corpo de Bombeiros Militar por denúncias de racismo e exposição de militares a constantes situações humilhantes, continua ministrando aulas de combate a incêndio no curso de Sargentos da ABM (Academia de Bombeiros Militar), mesmo após publicação da exoneração no Diário Oficial do Estado. A saída foi oficializada há exatamente 30 dias, quando também houve a nomeação do oficial para a chefia da 3ª Secção/EMG (BM-3).

Na tarde de ontem, segunda-feira (10), o Tenente Coronel colocou a turma em ação para o combate de um incêndio em uma área da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), no Bairro Nova Campo Grande. O fogo foi iniciado pelos militares, que em seguida controlaram as chamas. 

Porém, moradores da região informaram ao Midiamax que após a saída dos militares o fogo seguiu sem controle madrugada adentro e só foi finalizado na manhã desta terça-feira (11).

No início de junho, a corporação  abriu investigação para apurar denúncia de racismo, humilhação, falta de materiais e irregularidade na carga horária no curso de formação de sargentos. Logo depois, publicação de exoneração do oficial trocou o comando e nomeou o major Luidson Borges Tenório Noleto para exercer provisoriamente a função de Comandante da ABM.

Porém, a assessoria pontua que o tenente coronel Francimar é especialista em incêndio florestal e permanece responsável pelas aulas, em campo. Segundo a BM5, o treinamento desta segunda-feira foi agendado e não fugiu do controle, como informaram denúncias.

Além disso, o local para o treinamento foi escolhido estrategicamente, pois a estrada vicinal, que corta os fundos da área, liga os Bairros Nova Campo Grande e São Conrado.