Desocupação de terreno interdita Guaicurus e lojistas fecham as portas

O acesso à lojas está impossibilitado

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O acesso à lojas está impossibilitado

Desde às 5h30, a avenida Guaicurus, no trecho entre as ruas Rivaldi Albert e Quatiguá, foi interditada pela Polícia Militar, para cumprir o mandado de reintegração de um terreno particular que foi invadido por aproximadamente 100 famílias em junho deste ano. E quem sentiu o reflexo desta ação foram os comerciantes do local, que tiveram que manter as portas fechadas na manhã de hoje (1).

Por causa da interdição, o acesso ao comércio está impossibilitado e mais de 10 lojas não abriram para atender os clientes. Todo o entorno do terreno está bloqueado e a polícia está no local para fazer a segurança e impedir a circulação de pessoas.

Proprietária de uma distribuidora de salgados, Jaqueline Santos, 33 anos, afirmou que a interdição atrapalhou a rotina do comércio. “Tenho um monte de produtos para receber e entregas para fazer, mas hoje está muito complicado”, reclamou a comerciante.

Dona de uma loja de roupas, Adriana pereira, 34 anos, resolveu arriscar e abriu as portas. “Um cliente ou outro consegue chegar a pé, mas atrapalhou as vendas, porque quem chega de carro aqui não consegue nem estacionar. O jeito é esperar acabar a desocupação, mas pelo o que estou vendo, vai ser o dia inteiro assim”, diz a lojista.

Cerca de 32 funcionários da Secretaria de Obras, que trabalham no setor de serviços gerais no Museu José Antônio Pereira, estão parados em frente à área interditada, pois não conseguem acesso à loja onde as ferramentas ficam guardadas, localizada na esquina do terreno invadido.

No local há 120 militares, contando também com a Tropa de Choque e a Cavalaria. O Corpo de Bombeiros também foi acionado e está na área. A ordem de reintegração de posse, que saiu em agosto, deve retirar da área invadida aproximadamente 80 famílias.

No terreno particular, as famílias já haviam levantado construções de alvenaria. Durante esta manhã, o cenário foi de pessoas retirando móveis, tentando salvar materiais de obra e desfazendo as moradias que  ergueram no local.

Por enquanto, nenhuma casa foi destruída, apesar de os tratores estarem a postos na área. Segundo informações a PM, estão aguardando ordem para demolir.

Na época da invasão, as famílias afirmam que o terreno foi abandonado pelo proprietário em razão de dívidas com a Prefeitura de Campo Grande. Os novos moradores alegam ociosidade da área e reivindicam a posse para construção de casas.

Segundo a Polícia Militar de Trânsito, o acesso está liberado apenas para veículos de cargas perecíveis que necessitem fazer entrega em algum comércio dentro do perímetro interditado. A medida é por segurança, por se tratar de uma área de conflito. A reintegração que começou nesta manhã não tem previsão para terminar.

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