Deputada diz que projeto de Escola Sem Partido não é ‘Lei da Mordaça’

Parlamentares prometem audiência pública
Foi apresentado na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (31), pela deputada Mara Caseiro (PSDB), o projeto de lei da Escola Sem Partido nos estabelecimentos da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul. O projeto contou com o apoio dos deputados Paulo Siufi (PMDB), Mauricio Picarelli (PSDB), Coronel David (PSC) e Lídio Lopes (PEN). O objetivo, de acordo com a parlamentar, é impedir que os professores imponham sua ideologia político-partidária, religiosa e de gênero nas salas de aula.
“Pode falar a sua opinião, mas não importar e usar aluno para fazer apologia para determinado assunto, principalmente político-partidário. Serão afixados cartazes com deveres do professor na sala de aula e na sala dos professores”, afirmou Caseiro.
A deputada garantiu ainda que serão realizadas audiências públicas e que não tem medo de reações adversas, desde que não sejam desrespeitosas. Caseiro disse que a Escola Sem Partido, não é uma “Lei da Mordaça”. “Lei da mordaça é tentativa de distorcer o programa, por aqueles que fazem a doutrinação e não querem que tirem esse direito deles”, afirmou.
Entre os eventos programados pelo grupo estão o “II Encontro Conservador de Mato Grosso do Sul”, em setembro. O tema central será “O Conservadorismo e a Nova Ordem Mundial” e terá a participação do Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança.
Contra
O deputado Pedro Kemp (PT) disse que já está em tratativas com a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), em relação ao projeto. O parlamentar disse ainda que sempre houve doutrinação de direita nas escolas e, que isso seria uma reação à ascensão do PT e da juventude mais alinhada à esquerda. “É um pensamento atrasado de colocar uma mordaça. Um projeto que nasceu morto e vamos derrotar”, afirmou.