Prefeitura precisa terminar demissões até sexta 

Faltando pouco tempo para o fim do prazo estipulado em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) e reforçado pela Justiça para que a prefeitura de Campo Grande acabe com os convênios firmados com as instituições Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta Sociedade Caritativa até o exame demissional virou problema. Nesta terça-feira (25), centenas de demitidos da Seleta lotaram uma clínica de medicina do trabalho e reclamaram do descaso com que foram tratados.

Uma das trabalhadoras é Marlene Lopes . Ela conta que logo cedo os agora, ex-funcionários da Seleta, a maioria recreadoras de Ceinfs (Centros de Educação Infantil) estiveram na Semed (Secretaria Municipal de Educação) para entregar as carteiras de trabalho e folhas de frequência. De lá, foram até à clínica de medicina do trabalho para fazer o exame demissional, mas a empresa não teve condições de atender a uma demanda tão grande.

Demitidos da Seleta reclamam de descaso até na hora do demissional

Como não há a possibilidade de atendimento de todas as pessoas, foram distribuídas senhas. Porém, as trabalhadoras dizem que nem isso foi organizado e temem que a senhas distribuídas não sejam aceitas na quarta e quinta-feira (26). Outro problema das trabalhadoras, é que teria sido informado na Semed, que o exame demissional deveria ser entregue até a quarta-feira.

De acordo com Leonardo Siqueira Campos, um dos proprietários da clínica, informou que a capacidade de atendimento é de 200 pessoas por dia. Segundo ele, não houve nenhum aviso sobre a quantidade de pessoas que iriam ao local. Quatro médicos estão no atendimento e senhas com data e hora serão distribuídas aos ex-trabalhadores da Seleta.

Os 4,4 mil funcionários da Seleta e Omep que atuavam na Prefeitura vão receber as rescisões salariais de forma parcelada, segundo o prefeito Marcos Trad (PSD). A prefeitura tem até sexta-feira (28) para extinguir integralmente os convênios com as entidades e, consequentemente, demitir todos os terceirizados. A determinação partiu da Justiça, após ação ajuizada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) apontar supostas irregularidades.