Brasileiros são maiores vítimas de vírus que roubam senhas, diz estudo

No Brasil, são usados programas espiões

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

No Brasil, são usados programas espiões

Pesquisadores analisaram os ataques contra usuários do Google durante um ano, de março de 2016 a março de 2017, e descobriram que roubos de dados com phishing (páginas clonadas) têm uma chance muito maior de serem bem-sucedidos do que com outras medidas. A regra, porém, não vale para o Brasil, onde criminosos acessam as contas das vítimas roubando as senhas com programas espiões instalados nos computadores. 

O estudo foi realizado por um total de 13 pesquisadores, em uma cooperação entre o Google a Universidade da Califórnia em Berkeley. Durante a pesquisa, os cientistas monitoraram sites onde criminosos distribuem dados roubados, obtendo 1,9 bilhão de credenciais de vazamentos de dados (senhas vazadas de outros serviços), 788 mil credenciais obtidas por ladrões de senhas e outras 12,4 de senhas roubadas por sites de phishing (páginas clonadas).

Segundo os pesquisadores, ladrões de senha e phishing têm uma taxa de sucesso maior, porque criminosos conseguem obter, além das senhas, dados referentes ao comportamento do usuário, como o navegador utilizado e o local ou provedor de acesso. Essas informações são utilizadas para imitar o usuário original no momento do acesso não autorizado, o que burla os sistemas de proteção adotados pelo Google e outros provedores de serviço.

Brasileiros são maiores vítimas de vírus que roubam senhas, diz estudo

Vítimas não tomam medidas para proteção

O estudo ainda afirma que apenas 3,1% das vítimas – pessoas que realmente tiveram a conta roubada por um hacker – recorrem à autenticação de duas etapas. Na autenticação em duas etapas, é preciso fornecer um código gerado no celular ou recebido por SMS, além da senha, para entrar na conta. Essa medida consegue bloquear parte dos ataques que se limitam a obter as senhas das vítimas, já que o código recebido ou gerado no celular é de uso único.

O número divulgado no estudo sugere que as pessoas que já tiveram problemas com o roubo da senha praticamente ignoram essa proteção, o que aumenta as chances de elas serem vítimas novamente no futuro.

Conteúdos relacionados