VÍDEO: ocupação continua e vizinhos reclamam de artistas no Iphan
Manifestantes garantem seguir cronograma para não incomodar
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Manifestantes garantem seguir cronograma para não incomodar
A permanência dos artistas que ocupam, há mais de 30 dias, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), têm incomodado alguns vizinhos do prédio, localizado na Rua General Melo, na Esplanada Ferroviária, em Campo Grande.
O advogado André Luiz Godoy Lopes, de 31 anos,que gravou um VÍDEO das atividades no local, reclama do barulho, durante supostas atividades promovidas pelo grupo.
“Eles começam de manhã e só terminam de madrugada. Já houve ocasião em que foram parar às 3 horas. Fico no escritório durante o dia e é difícil trabalhar assim, fora isso, meus pais são idosos, moram aqui e não têm mais sossego, têm de conviver com barulho a todo momento”, relata.
Por outro lado a artista Fernanda kunzler, de 33 anos, que está no local, desde a ocupação no dia 20 de maio, afirma que as atividades seguem um cronograma que não passa das 23h30, a fim de manter o bom relacionamento com os moradores da região.
“Temos uma programação que inicia às 8h30 com atividades abertas, de segunda a quarta-feira e que terminam no máximo às 22 horas. Nas sextas-feiras e sábados, prolongamos até as 23 horas ou 23h30 e depois disso desligamos tudo. Quando continuamos é apenas com sarau de voz e violão para evitar o barulho externo”, garante.
O advogado destaca que já precisou chamar a polícia mais de uma vez para conter os barulhos. “A polícia sempre vem, mas a gente acaba sendo hostilizado. Somos chamados de coxinha e quando a polícia saí, voltam a fazer barulho. Não questiono o protesto e sim a perturbação da ordem e a hostilidade porque eles não aceitam serem questionados”, afirma.
A respeito da necessidade de policiais para conter possível barulho, a artista defende o grupo “A polícia veio duas vezes. Uma delas foi na tarde em que fizemos uma oficina. Perguntaram se poderiam entrar e explicamos que não porque o prédio estava ocupado e eles não tinham competência para isso. Em uma ocupação só órgãos competentes têm autorização de entrar. Nesse dia a superintendente [Norma Daris Ribeiro], que até então tinha uma relação amigável com nossa grupo, quis entrar e mudou a relação que mantínhamos”, relata.
Fenanda diz ainda que as reclamações são feitas apenas por este vizinho e que o grupo mantém bom relacionamento com os demais. “Temos bom senso de que a gente não deve incomodar o horário de sono e de descanso das pessoas. Tentamos diálogo e respeito. Queremos que a sociedade também compreenda a nossa pauta”, frisa.
Ocupação –
O grupo de artista tomou o local após o anúncio de extinção do Minc (Ministério da Cultura), reintegrado dias depois e assumido por Marcelo Calero. Apesar da reintegração do Ministério, eles permanecem no local por conta das mudanças feitas na pasta. Para o movimento, não há legitimidade no Ministério nas mãos do presidente interino Michel Temer (PMDB).
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