Falta escoamento adequado, admite coordenador da Defesa Civil

 Dados da Defesa Civil mostram que nos primeiros cinco dias do ano, a chuva já atingiu 30% da quantidade prevista para Janeiro. Da última sexta-feira (1º) até essa terça-feira (5) a água chegou a 66 milímetros e a estimativa é de que até o fim do mês chova 231 milímetros. Conforme o coordenador da Defesa Civil Municipal, Walmir Barbosa Lima, a grande quanidade de água associada a falta de condições de escoamento na Capital, provoca vários alagamentos.

Segundo informações da Defesa Civil, na região norte da Capital choveu 40.75 milímetros. Durante a chuva, diversas residências localizadas na Rua Jaburú, no Conjunto Residencial Octávio Pécora, ficaram alagadas.

Apesar do volume expressivo de água, o sul da Capital foi a região mais atingida. Ontem, várias casas foram inundadas. Moradores da Rua Galeão, no Jardim Aero Rancho, ficaram ilhados depois da chuva que durou aproximadamente 15 minutos.

Conforme os relatos, a água ficou empoçada, formando um lago na via e impedindo a passagem de pedestres. Uma residência na Rua 13 de Novembro, no Bairro Porto Galo, também na região sul, ficou alagada e os vizinhos precisaram serrar a grade de uma das janelas para retirar duas mulheres e uma criança, que não conseguiram sair devido à rapidez com que a água inundou a casa.

Segundo o pintor, Félix Cáceres, de 42 anos, que mora na Rua Cacimba, no Jardim Canguru, também na região sul de Campo Grande, a via ficou alagada por conta da grande quantidade de água. “Toda vez que chove temos de ficar com uma enxada na frente de casa para tirar o barro e poder entrar com o carro”, lamenta.

 

 

Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Walmir Barbosa Lima, o problema é mais crítico na região sul por conta da proximidade com o córrego Anhanduizinho. “Ali é mais preocupante porque enchem os córregos Prosa e Segredo que desembocam no Rio Anhahnduizinho e isso acaba provocando os alagamentos”, explica.

O coordenador da Defesa Civil da Capital diz ainda que os levantamentos sobre as áreas mais afetadas são realizados e repassados para as secretarias responsáveis, no entanto, é necessário que haja liberação de verba para corrigir os problemas de escoamento na Capital.

“Os projetos de escoamentos pluviais executados no passado deixaram de funcionar por conta das mudanças na cidade. Campo Grande cresceu e o progresso tem suas complicações. Havia um projeto de drenagem, que não atende mais às necessidades. Fizemos os levantamentos, os projetos foram encaminhados, mas não houve retorno de Brasília. Se aceitarem e mandarem o recurso, os problemas serão solucionados de maneira mais rápida”, garante.

Há quase um mês, no dia oito de dezembro de 2015, depois da cidade ser atingida por uma forte chuva que provocou vários estragos, o prefeito Alcides Bernal (PP) decretou estado de emergência, no entanto, até o momento não houve um posicionamento do governo Federal.