Suspeita de H1N1 em escola da Capital preocupa professores da rede pública

Vacinas não foram disponibilizadas

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Vacinas não foram disponibilizadas

Mais uma suspeita de H1N1 preocupa professores e trabalhadores da Educação. Conforme informações de funcionários da Escola Municipal Carlos Vilhalva Cristaldo, um aluno da fase final do EJA (Educação de Jovens e Adultos) foi diagnosticado com a doença.

Segundo uma professora, que preferiu não se identificar, o aluno apresentava sintomas de gripe e na última terça-feira (30) teve a confirmação de H1N1. 

“Ele teve aula comigo e estava gripado, mas não sabíamos que era H1N1. Ele foi diagnosticado na terça-feira, mas só soubemos ontem. Estou preocupada porque tive contato com ele”, explica.

Outra professora, que prefere não se identificar, também destaca a preocupação em relação ao contágio. “Leciono nessa escola. Estamos alarmados e queremos providência por parte da Semed [Secretaria Municipal de Educação]”, frisa. 

Apesar da determinação judicial, a categoria não foi imunizada. De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, no último dia 12 a Prefeitura ingressou agravo de instrumento no último dia 12, pedindo efeito suspensivo da decisão que determina que o município deve vacinar todos os trabalhadores da educação contra H1N1.

O presidente da ACP, Lucílio Nobre, afirma que o sindicato ainda espera decisão sobre o caso. “Contestamos e estamos aguardando a compra das vacinas para imunizar os professores. Não temos interesse em que o município pague a multa estipulada, queremos que o prefeito cumpra a determinação, compre a vacina e imunize os servidores”, declara.Suspeita de H1N1 em escola da Capital preocupa professores da rede pública 

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura para falar a respeito do caso, mas até o fechamento deste texto não obteve resposta. 

Casos de H1N1 –

Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram que desde janeiro de 2016, 91 pessoas morreram de influenza. Deste total, 87 foram vítimas de H1N1, uma de influenza A não subtipado e outras três de influenza B.

Em Campo Grande são 25 mortes por H1N1 desde o início deste ano. O caso de influenza A não subtipado e uma das mortes por influenza B, registradas pelas SES, ocorreram na Capital. 

Em maio deste ano, a Semed recomendou que a direção da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, localizada no Bairro Estrela Dalva I, suspendesse as aulas depois de registrar duas suspeitas de H1N1. 

Após a confirmação de uma das suspeitas, a direção pediu para que alunos, professores e administrativos com sintomas de gripe permanecessem em casa até que se recuperassem.

Dias antes, o professor Edevaldo Souza Prado, de 57 anos, que lecionava na Escola Estadual em Tempo integral Amélio de Carvalho Baís, localizada no Coophatrabalho, morreu vítima de H1N1.

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