Servidores militares rejeitam abono e deixam para quinta-feira decisão de paralisação
Abono foi rejeitado por unanimidade
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Abono foi rejeitado por unanimidade
Depois de discutirem por mais de quatro horas, bombeiros e policiais militares decidiram recusar proposta de abono salarial de R$ 200, oferecido pelo Governo do Estado. Na quinta-feira (5) os trabalhadores vão até a Governadoria apresentar contraproposta e, caso não recebam “parecer justo”, não descartam paralisação.
De acordo com o sub-tenente Thiago Mônaco Marques, presidente da ABSS-MS (Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros), a pauta foi votada por mais de 300 policiais e bombeiros que estiveram reunidos desde as 15 horas desta terça-feira (3) na sede da associação. Segundo ele, o abono oferecido por Reinaldo Azambuja foi rejeitado por unanimidade.
“Abono não é algo garantido, é um contrato de risco. No momento queremos segurança, principalmente quando observamos a instabilidade econômica do Brasil”, relata.
Mônaco explica que a categoria deseja que a questão salarial dos servidores seja definida por índice percentual que contemple todos os trabalhadores. Essa proposição será apresentada na quinta-feira, as 9 horas ao Governo. Caso não tenham resposta, nova assembleia geral será convocada e decisão de aquartelamento pode ser determinada. “Caso não tenhamos algo concreto, os policiais ao invés de ir para as ruas vão ficar reclusos no quartél”, revela.
O representante da categoria afirma que por hora, apenas o reajuste salarial é pauta de discussões. “Apesar de todo nossa dificuldade, no momento nossa luta é só pelo reajuste salarial. Nem colocamos em discussão outros benefícios”, completa.
Outro Lado
O Governo Estado tem apostado no diálogo com os servidores e afirma que 85% do funcionalismo público já aceitou o abono de R$ 200 e outras propostas específicas para cada categoria.
De acordo com a administração tucana, o Estado conta atualmente com 71,7 mil servidores ativos e inativos, que custam mensalmente cerca de R$ 400 milhões, o que representa 46,94% da receita, percentual acima do chamado ‘limite prudencial’ (46,55%) imposto pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o que impediria o governo de conceder reajuste que ultrapassem o percentual atual.
Durante as negociações com os sindicatos, o Governo explicou que o abono de R$ 200 linear a todas as categorias vai custar quase R$ 100 milhões por ano aos cofres do governo, e prometeu garantir o abono até a data-base de 2017, incluindo-o no 13º salário de 2016.
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