Duas categorias pedem aprovação de reajuste de 21,3%

Os servidores da – analistas tributários e auditores fiscais -, realizam paralisação desde terça-feira (12) para pressionar o governo interino a cumprir acordo realizado junto ao governo Dilma. As duas categorias pedem que o governo encaminhe o projeto de lei nº 01/2016, que dispõe sobre a Lei Orçamentária e abrange o reajuste de 21,3%, dividido em quatro anos e reivindicado pelas categorias.

O delegado estadual do Sindireceita (Sindicato nacional dos analistas-tributários da Receita Federal), Claudio Brasil, explicou que a categoria realiza uma assembleia estadual na manhã desta quinta-feira (14) que decidirá se a paralisação deve se tornar uma greve estendida. “Nós temos hoje uma Assembleia Geral que é o órgão de deliberação, fazemos indicativos e recebemos da nacional se continuaremos em greve ou se interrompemos”, contou. A assembleia é coordenada com o resto do Brasil e a decisão depende de outros estados.

Servidores da Receita decidem continuidade da paralisação nesta quinta-feiraPara Claudio, as categorias estão precarizadas há anos. Ele afirmou que o último reajuste “real” recebido data de 2007, já que nos últimos anos nem o índice inflacionário foi corrigido. Ainda assim, o delegado não sinalizou um “rompimento” no diálogo junto ao governo interino. “Nós estamos fazendo para que surta resultado, as nossas negociações com o governo tem alguma coisa que está impedindo, não sei se é a própria crise ou se não é o momento certo. Estamos aguardando e estamos começando a ficar preocupados. Nossa defasagem é desde 2010, que foi negociado 15,3%, em 2012 e implementado em 2013, que compunha de 2010”, explicou.

A representante da Sindireceita em Corumbá, Silvane Maria Drummond, acredita que a demora para o envio do projeto de lei ao congresso se deve à “crise” e à “instabilidade” política do Congresso e da relação deste com o Executivo. “A gente já está vendo quase como impossível o cumprimento pra agosto. Primeiro conversamos com os ministros, e tem que ser encaminhado para o congresso, por falta de empenho e tempo pra que isso tramite, a gente recebe sempre promessas”, enfatizou.

Em Corumbá, as paralisações acontecem nas terças e quintas e atingem os serviços de despachos aduaneiros, que nesses dois dias funcionam com um efetivo de 30%. As atividades de fiscalização de bagagens, trânsito de veículos e pessoas continua. “Vai afetar mais a parte de cargas, de importação e exportação. Provavelmente gera um atraso nos espaços, um certo impacto”, relatou Silvane. Corumbá e outras cidades da fronteira devem trazer mais intebsidade ao movimento. Além da cidade branca, Campo Grande, Dourados, Mundo Novo e Ponta Porã também participam da paralisação.