Pais afirmam que ele passou mal quando chegou do Ceinf
Enzo Manoel Godoy, de um ano e oito meses, morreu nos braços da mãe, que buscou socorro para o filho no Shopping Norte Sul Plaza na quinta-feira (8). Os pais afirmam que o bebê teria apresentado os primeiros sintomas na terça-feira (6) ao chegar do Ceinf (Centro de educação infantil) Osvaldo Maciel de Oliveira, no Bairro Taquarussu.
A Semed (Secretaria municipal de educação), no entanto, afirma que Enzo não compareceu no Ceinf na semana anterior e que a mãe do bebê teria informado a direção do local que a ausência era motivada por uma conjuntivite da criança.
“A Semed informa que a criança se ausentou por uma semana do ceinf, pois de acordo com o relato da mãe da criança para diretora da unidade infantil, o bebê estava com conjuntivite. Quando a criança retornou para a unidade não apresentou sintomas”, afirma.
A secretaria também informa que não há registro de outras crianças com o mesmo sintoma. “Não houve até o presente momento casos semelhantes no ceinf com outros alunos da unidade”, afirma.
O caso
O bebê, segundo os pais, começou a passar mal na terça-feira (6) depois de sair do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Osvaldo Maciel de Oliveira, no Bairro Taquarussu. Desde então, passou por duas unidades de saúde públicas e iria para uma terceira, por orientação dada no atendimento nestes locais.
Quando os pais pesavam em procurar um táxi, a criança começou a passar muito mal e eles decidiram pedir socorro no shopping, onde ambos trabalham. Lá, Enzo chegou morto.
A primeira unidade de saúde procurada foi o Centro de Especialidades Infantis, recém inaugurado no bairro Guanandi. Lá, disse o pai, o atendimento foi negado e a recomendação foi procurar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon. Nela, segundo o relato de Flávio, a criança recebeu apenas soro e foi liberada, com a indicação de procurar outra UPA, da Vila Almeida. Nesse trajeto, quando eles iam pegar um táxi, Enzo piorou e morreu nos braços da mãe.
O menino já estava desacordado quando o casal tentou socorro no shopping. Bombeiros e socorridas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentaram reanimar a criança, sem sucesso.
“Só deram soro pro menino e liberaram, sabendo que ele estava passando mal. Bem mal, mesmo, muito mal”, questionava o pai, nesta tade. “Porque não colocaram ele na ambulância e não levaram para a outra unidade?”, prosseguiu.
No Centro de Especialidades, no entanto, os pais não foram orientados a procurarem a UPA Vila Almeida, unidade que possui pediatras. A Sesau também não explica porque a criança não foi deslocada pela própria equipe das unidades de saúde.