Sem regulamentação da profissão, esteticistas pressionam e cobram aprovação de PL

Deputados vão apreciar projeto na quarta-feira 

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Deputados vão apreciar projeto na quarta-feira 

Na esperança de ter a profissão regulamentada, esteticistas de Mato Grosso do Sul se movimentam para pressionar representantes públicos. O objetivo é a aprovação do Projeto de Lei 2332. que entra em votação nesta quarta-feira (9), na Câmara dos Deputados. A proposta prevê regulamentar a atuação de esteticistas, cosmetólogos e técnicos em estética.

Para a presidente do Sinestica (Sindicato dos Profissionais de Estética de Mato Grosso do Sul), Mônica Cristina Mendes, a falta de regulamentação acaba resultando na desvalorização da profissão, já que sem uma norma que delimite as áreas e particularidades específicas de atuação, profissionais de outros campos acabam trabalhando na área sem a devida formação.

“Não há problema de um profissional que tenha formação na área da saúde, como um biomédico, por exemplo, atue na estética, desde que ele tenha formação estética, caso o contrário, nosso trabalho é desvalorizado e infelizmente isso acontece muito”, afirma.

De acordo com Mônica, profissionais de todo o Estado montaram um grupo onde compartilham informações, discutem o assunto. Juntos, eles pretendem pressionar os deputados federais para que aprovem a proposta. “Se aprovado o projeto será um sonho realizado da categoria. Realização de um projeto de regulamentação e reconhecimento da qualidade dos profissionais e dos cursos da área”, disse.

Com mais de 30 anos de atuação na área, a esteticista e professora universitária Lígia Moura lembra que desdo o início de sua atuação no ramo, a categoria almejava independência.

“Nossa profissão é antiga, está a mais de 60 anos no mercado e não consegue ser regulamentada. Já temos cursos superiores, pós-graduação, profissionais atuantes e não temos um conselho. Precisamos de um conselho que nos ampare enquanto profissão, queremos nossa independência enquanto profissão seja reconhecida e esse é um desejo antigo”, afirma.

Em 1999 uma Lei Municipal determinou que para a atuação na área da estética o profissional teria de ter uma carga horária mínima de 1200 horas de curso. Anos mais tarde, a lei tornou-se estadual, mas até hoje, não existe uma legislação específica que regulamente a atuação da estética.

Atualmente existe mais de 500 mil profissionais atuam na área da saúde e beleza no Pais, são mais de 240 cursos superiores. Em Campo Grande quatro instituições de ensino superior oferecem o curso, além dos cursos técnicos.

O Projeto de Lei 2332, de 2015, passa por apreciação dos deputados federais na sessão desta quarta-feira. 

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