Profissionais da enfermagem protestam na Prefeitura por reajuste salarial

Eles querem 18% de reajuste e PCC

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Eles querem 18% de reajuste e PCC

Cerca de 150 profissionais da Enfermagem se reúnem em protesto na frente da Prefeitura de Campo Grande por reajuste salarial. Segundo os manifestantes, há dois anos não há aumento para a categoria. Nem perdas inflacionárias foram compensadas.

“Estamos há dois anos sem reajuste inflacionário. Queremos 18% de aumento, 8% de 2015 e 10% de 2016. A negociação é para receber o que já foi perdido. Queremos só receber o que perdemos. Nós já entregamos à Prefeitura em fevereiro o documento de Plano de Cargos e Carreira aprovado em Assembleia pedindo aumento do salário e reajustes por tempo de serviço e capacitação profissional”, disse o enfermeiro e presidente do Sinte/Pmcg (Sindicato Dos Trabalhadores Públicos Em Enfermagem do Município de Campo Grande), Hederson Fritz.

Segundo ele, são 1,2 mil funcionários entre enfermeiros e técnicos de enfermagem na Capital. “O salário-base hoje do enfermeiro em Campo Grande é de R$ 2,1 mil, nós pedimos R$ 3,770. O salário do técnico é R$ 1,2 mil, e pedimos R$ 2,2 mil. O impacto do aumento na folha salarial da Capital seria em torno de R$ 3 milhões, caso a Prefeitura assine o aumento de 18% exigido pela categoria.

Hedeson ainda comentou que Campo Grande é a penúltima capital com pior salário de enfermeiro do país. “Devido a má remuneração, os enfermeiros acabam não ficando no serviço público da Prefeitura. As pessoas ao longo do tempo vão saindo porque o salário é baixo. As pessoas procuram outros serviços. Somente em 2016 já houve 50 exonerações a pedido”, disse ele.

Ele pontuou que HU e Hospital Regional têm salários maiores. “No HU é R$ 5,6 de enfermeiro e técnico R$ 4 mil, valor além do que reivindicamos aqui”, pontuou.

A categoria ainda exige o pagamento de plantões da antiga gestão. “Tem gente que até hoje não recebeu”, citou.

“Estou há dois anos e meio na Prefeitura e nunca tive um aumento de salário. Tudo aumentou, inclusive os impostos. O meu IPTU está mais caro, IPVA, condomínio, mercado. O meu salário-base é 2,067 reais. É uma vergonha esse salário. Tenho duas pós-graduações, trabalho dentro de uma ambulância, com risco eminente de doença, trabalho com sangue, com vômito. Tem vendedora de shopping que ganha mais do que eu”, afirma a enfermeira Andressa de Lucca. Ela apontou ainda que eles não recebem insalubridade, desde o Governo do André Puccinelli.

Atendimento

As UBS (Unidade Básica de Saúde) estão sem atendimento laboratorial nesta quinta-feira (31) devido o protesto. As UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e Centros Regionais de Saúde estão com efetivo 30% menor. 

Clique aqui para assistir ao vídeo. 

 

 

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