Apesar do discurso de ‘ajuste fiscal', Governo deve ceder
Nem os prêmios de ‘melhor destino ecoturístico do Brasil' conseguiram colocar Bonito, distante 296 km da Capital, no roteiro das companhias áreas do país. Representantes da Azul Linhas Aéreas querem desconto em impostos para incluir o destino em suas ‘linhas'.
O desconto pedido pela companhia é sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do querosene, combustível utilizados pelas aeronaves. A pauta, já havia sido discutida pelo governo em 2015, mas apenas o imposto sobre o diesel teve uma diminuição por seis meses.
“Nós vínhamos trabalhando com a alíquota de 8,5% , a qual também era praticada por outra empresa incorporada pela Azul, ou seja, duplicamos nosso trabalho e continuamos com o mesmo incentivo. O nosso pedido é que esse valor seja reduzido para 4,25% “, disse o assessor jurídico da Azul Linhas Aéreas, César Grandolfo.
A intenção do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), é ‘aumentar a malha aérea' e ‘potencializar' o turismo regional. O governo tem a expectativa de que em breve a companhia ofereça mais voos com destino a Bonito.
“Dentro de 15 dias provavelmente a Azul já aumentará de dois para três o número de voos semanais para Bonito. Mas a intenção do Governo é aumentar a malha aérea do Estado, especialmente para as rotas turísticas”, afirmou o coordenador de aviação da Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura), Fabrício Alves Correa.
No site da Azul Linhas Aéreas não é fácil encontrar voos tendo Bonito como destino. A companhia oferece opções saindo do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), apenas às quartas-feiras e domingo. Participaram do encontro o secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro; o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Economico, Jaime Verruck; o diretor de planejamento e rotas da Azul, Marcelo Ribeiro e o assessor direto da presidência da empresa, Ronaldo Veras.
Tributos
A possibilidade de diminuição de alíquota de tributo à pedido de uma companhia aérea acontece logo após o aumento de impostos para o cidadão. Sob o argumento de equilíbrio das contas públicas, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) elevou o ICMS de supérfluos e diminuiu o desconto concedido no IPVA (Imposto sobre Propriedade Veículos Automotores), que também aumentou a taxa para os proprietários de veículos em Mato Grosso do Sul.
