População indígena cresce 42% em MS no período de 10 anos

 IBGE atribui aumento a políticas afirmativas

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 IBGE atribui aumento a políticas afirmativas

 

A população indígena de Mato Grosso do Sul cresceu 42% em 10 anos. O IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística) divulgou atualização do Censo Demográfico 2010 de povos indígenas nesta segunda-feira (27). No Estado são 77 mil pessoas declaradas indígenas. O levantamento atribui ao avanço nas políticas públicas direcionadas aos povos indígenas.

Em Mato Grosso do Sul, 94,4% das pessoas que se declararam indígenas souberam informar o nome da etnia ou povo ao qual pertenciam. As etnias mais representativas no país, são os Xavantes, que estavam entre os mais numerosos em todos os estados da região Centro-Oeste, e os Guarani Kaiowá, presentes na região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Ainda de acordo com o Censo são 274 línguas indígenas.

População indígena cresce 42% em MS no período de 10 anosNo Censo Demográfico de 2000 eram 53.900 indígenas no Estado, e em 2010 um total de 77.025 indígenas. A explicação para o aumento, segundo pesquisadores, demógrafos, antropólogos, está em uma conjuntura política mais apropriada para os indígenas no país, o que estaria ajudando a reverter a invisibilidade sociopolítica desse segmento populacional.

 O Estado tem a segunda maior população indígena do país, atrás apenas do Amazonas, onde há 183 mil indígenas.

Amambaí é a cidade com maior população indígena do Estado, cerca de 7,2 mil pessoas, o que representou um aumento de 33% em 10 anos, quando foi registrado 5,4 mil.

Os principais problemas que as comunidades indígenas enfrentam no país ainda são consequência daqueles que surgiram há anos, como violência, miséria e alcoolismo. Muitos ainda lutam pela demarcação de terras indígenas, como é o caso de indígenas da região sul do Estado.

Indígenas e fazendeiros de Mato Grosso do Sul ainda lutam na Justiça pelas terras.Neste mês, um conflito, que matou um indígena e deixou outros 7 feridos, foi registrado em Caarapó, cidade a 273 quilômetros de Campo Grande. Outro grande conflito ocorreu em agosto de 2015 em Antônio João, a 402 quilômetros da Capital. 

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