Polícia prende dono e tira 2 caminhões de lixo em ferro-velho no Guanandi
Proprietário também furtava água e luz
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Proprietário também furtava água e luz
José ferreira da Silva, de 68 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (2), durante uma operação de combate a dengue encabeçada pela Prefeitura de Campo Grande e a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Proteção ao Turista). No ferro-velho administrado pelo idoso, localizado no Bairro Guanandi, além do furto de água e energia elétrica, a equipe encontrou diversos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O terreno já havia sido notificado diversas vezes, contudo, equipes da prefeitura encontraram pneus, carcaças de automóveis e uma série de recipientes com acúmulo de água parada. Dois caminhões do Exército Brasileiro foram utilizados para fazer a retirada do entulho.
De acordo com o delegado Wilton Vilas Boas, responsável pela prisão, José já havia sido notificado cerca de dez vezes para regularizar a situação de seu terreno. “Ele já teve várias oportunidades, mas nada foi feito. Essa foi a última decisão que tivemos que tomar”, disse.
O aposentado vai ser indiciado por crime ambiental, por contribuir na proliferação do mosquito transmissor aedes aegipty, responsabilizado pelo funcionamento clandestino do ferro-velho, já que não tinha licença de funcionamento e indiciado por furto de água e energia. Como já tem passagem por receptação, José Ferreira não terá direito a fiança.
Os vizinhos do ferro velho confirmam que o local já havia se tornado uma situação problema para os moradores da região. Segundo a dona de casa Joseane Oliveira, de 29 anos, ela, o esposo Jhony da Silva, de 30 anos e o filho Enzo Gabriel, de 4 meses já contraíram dengue. “Minha família toda teve dengue. Nossa casa é cheia de mosquitos e tenho certeza eles saem do ferro-velho”, relata.
O motorista Jhonny, marido de Joseane, conta que já havia dado muitos conselhos ao aposentado detido, porém, a situação de José era bem pior do que ele imaginava. “Acho que ele tinha uma doença. Ele era compulsivo, tudo o que achava ele levava para a casa”, afirma.
Wilsa das graças, de 41 anos, comemora a limpeza realizada no local que fica em frente a sua residência. “Até que enfim tomaram uma providência, agora vai ficar tudo limpo. Minha casa estava tomada pelos mosquitos, a gente tentava amenizar com ventilador, mas mesmo assim era complicado”, observa.
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