ONG que treinou moradores para obras não tem sede e ninguém é localizado

Vizinhos disseram que sede fechou a mais de um ano

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Vizinhos disseram que sede fechou a mais de um ano

Após o acidente com uma telha que feriu menina de três anos na manhã desta quinta-feira (14) durante trabalhos de manutenção no loteamento Vespasiano Martins, em Campo Grande, a empresa responsável pelas obras Morhar Organização Social, não foi localizada. A ONG também treina os moradores e faz acompanhamento técnico.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, um morador fazia a troca da telha sob a supervisão de uma equipe técnica da Prefeitura. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax esteve no local e conversou com um dos trabalhadores que apresentou outra versão.

Segundo o mestre de obras, Emerson José de Oliveira, um dos funcionários da empresa terceirizada, que não teve o nome divulgado, era o responsável pelo reparo no momento do acidente. “A moradora sabia que estávamos arrumando a telha. Foi descuido dela. Isso infelizmente corria o risco de acontecer, pois estamos fazendo os reparos no mesmo tempo em que já tem gente morando nas casas”, explica.

A construção das casas nos residenciais para onde foram transferidas as famílias da comunidade Cidade de Deus é em sistema de mutirão assistido, ou seja os próprios moradores constroem suas casas sob supervisão de técnicos responsáveis. A ONG Morhar Organização Social é a responsável por conduzir as obras, treinando os moradores e oferecendo o acompanhamento técnico.

Com a segunda versão apontada pelo mestre de obras, o Jornal Midiamax procurou a ONG para um posicionamento e para indagar sobre as medidas a serem tomadas, após o ocorrido, mas não conseguiu o contato. A reportagem seguiu até o endereço onde funcionaria a suposta sede, na rua Dr. Antônio Alves Arantes, 429, no bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande, mas vizinhos informaram que o local está fechado a mais de um ano.

Nesta manhã, o vereador Alex do PT afirmou que representará contra Bernal no Ministério Público por improbidade administrativa ao realizar um convênio com a Morhar Organização Social. De acordo com Alex, a ONG tem um convênio de R$ 3,6 milhões com a prefeitura de Campo Grande para construção de 300 casas populares e sob regime de mutirão, mas sequer teria sede na Capital. 

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